Fernanda da EscóssiaDo Rio de Janeiro para a BBC BrasilBaratas, mofo, lixo acumulado, falta de higiene, fios desencapados, camas num espaço apertado e sem ventilação. Você dormiria num lugar desses? Foi de um alojamento assim que 11 operários da construção civil foram resgatados, em condições degradantes, consideradas similares às do trabalho escravo, numa obra em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro.
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MPT RJ |
Seis pessoas dormiam em três beliches neste pequeno quarto
A operação de resgate foi encerrada na sexta-feira pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel e Combate ao Trabalho Escravo do Ministério do Trabalho e Emprego, em conjunto com o Ministério Público do Trabalho e a Defensoria Pública da União.
A obra era de responsabilidade da construtora Living Amparo Empreendimentos Imobiliários, do grupo Cyrela. Os operários tinham sido contratados por empresas terceirizadas, subcontratadas pela Living para fazer o revestimento da fachada no Residencial Verdant Valley, em Camorim, Jacarepaguá.
De acordo com o Código Penal, o trabalho análogo ao escravo pode ser caracterizado por um desses quatro itens, sozinhos ou em conjunto: trabalho forçado, jornada exaustiva, condições degradantes e privação do direito de ir e vir. No caso do alojamento flagrado pelos fiscais, as condições degradantes motivaram o fechamento do local.
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Banheiro não tinha chuveiro e mofo se espalhava pelos quartos |
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Alojamento foi interditado e os operários foram levados a uma pousada |
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