Pesquisadores do Wake Forest Baptist Medical Center, nos Estados Unidos, conseguiram criar pela primeira vez um ouvido impresso em 3D com os vasos sanguíneos e cartilagens.
(Foto: Reprodução)
O órgão foi impresso com camadas de célular para formar tecidos unidos a um polímero biodegradável, que permitiu que o tecido ficasse forte e grande o suficiente.
Até agora, as estruturas impressas usando o método eram instáveis, frágeis e pequenas, já que a falta de vasos sanguíneos limitava o tamanho devido ao limite de difusão de oxigênio e nutrientes. O polímero usado na experiência não causa nenhum dano às células e é usado somente enquanto elas precisam de "sustentação".
Uma "tinta" à base de água mantém as células vivas e difunde nutriente e oxigênio entre elas. O sistema, chamado de tecido integrado, é resultado de uma pesquisa de 10 anos. "Os resultados indicam que a combinação de biotinta utilizada, em combinação com os microcanais, proporciona um ambiente adequado para manter as células vivas e para o crescimento de células e tecidos", explica um dos pesquisadores.
Para comprovar a teoria, os cientistas implantaram orelhas humanas por baixo da pele de ratos de laboratório. Em dois meses, o tecido foi aceito pelo corpo e novos vasos sanguíneos foram formados.
O estudo foi publicado nesta semana na revista Nature Biotechnology.
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