Um estudo feito pela Ohio State University só confirmou o que o público gamer já sabia faz tempo (e insistia em ignorar). Segundo a pesquisa, mulheres sofrem assédio sexual online a todo momento nas partidas de jogos online — e esse tipo de ofensa é a mais difícil de ser esquecida após as partidas.
Os cientistas entrevistaram 293 jogadoras de títulos como World of Warcraft e Team Fortress 2 com média de 26 anos de idade. As voluntárias falaram que são capazes de relevar palavrões e ofensas em geral, mas os abusos de cunho sexual deixam marcas.
O principal problema é a natureza desse comportamento: comentários sexistas e piadas sobre estupro são feitos somente porque a jogadora está do outro lado, independente de seu desempenho — não que jogar mal habilite a pessoa a ser xingada, claro. As entrevistadas não chegam a culpar as empresas por isso, mas lamentam que atitudes punitivas não sejam tomadas mesmo após várias denúncias.
Ainda é tabu
Cada voluntária respondeu a um questionário sobre se elas já passaram por abuso geral ou sexual durante jogos online, quanto elas refletiram sobre ele depois, como a administração do game reagiu e de que modo elas lidaram com a situação. As mulheres responderam que não passam muito tempo pensando no assédio depois de desligarem o game, mas esse é um fator que pode levar elas a deixar de jogá-lo no futuro.
E os casos têm semelhanças com o que homens fazem no offline: as vítimas tendem a entrar em estado de negação de que aquilo é um problema, evitam falar sobre o assunto, buscam ajuda ou até se culpam pelo ocorrido. Algumas ainda tomam uma decisão que só é possível no online: criar um personagem masculino que não as representa, mas que servem para evitar as perseguições.
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