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terça-feira, 19 de abril de 2016

Câmara: Vice-presidente limita investigações sobre Cunha.

Maranhão proibiu o Conselho de investigar e usar como prova contra Cunha qualquer documento ou depoimento que não diga respeito à suspeita de que ele mentiu à CPI da Petrobras.

O vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), estabeleceu limitações às investigações de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no Conselho de Ética da Casa. A decisão foi lida no plenário da Câmara dos Depurados nesta terça-feira (19).

O jornal Folha de S. Paulo destaca que, na votação do impeachment de Dilma Rousseff, Maranhão afirmou que mantinha a lealdade ao presidente da Câmara. Ele foi o responsável pela decisão de anular o primeiro relatório do Conselho contrário a Cunha.
Maranhão decidiu nesta terça (19) que proíbe o Conselho de investigar e usar como prova contra Cunha qualquer documento ou depoimento que não diga respeito à suspeita de que ele mentiu à CPI da Petrobras em março de 2015. O peemedebista negou ter contas no exterior.
O Conselho de Ética, que aprovou a continuidade do processo contra Cunha, retirou, por pressão dos aliados de Cunha, a acusação de que ele recebera propina. A acusação sobre a mentira na CPI fo a única que permaneceu.
No entanto, a Folha destaca que o Conselho afirmou que iria usar toda a investigação da Lava Jato no seu relatório final. Essa alternativa passou a ser proibida por Maranhão. Segundo o vice-presidente da Câmara, qualquer prova adicional à acusação de mentir à CPI que for usada no relatório será considerado nulo.
Além disso, Maranhão acolhe vários argumentos de aliados de Cunha, apontando supostos "vícios" no processo, o que possivelmente será usado por esses mesmos aliados para conseguir a anulação de eventual resultado contrário ao presidente da Câmara.
Réu
A publicação recorda que Eduardo Cunha é réu no Supremo Tribunal Federal sob a acusação de integrar o petrolão. Delatores e documentos indicam que o peemedesbista tem envolvimento com desvios de recursos da Petrobras.
O pedido de cassação de Cunha foi feito na Câmara, em outubro do ano passado. Porém, o processo corre lentamente e tem passado por reviravoltas, uma vez que a palavra final sobre questionamentos apresentados por aliados de Cunha é de Maranhão, um de seus aliados.
Segundo a Folha, aliados e adversários de Cunha garantem que o processo não dará em nada.

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