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O Uber começou uma revolução. O que iniciou com as revoltas lideradas por grupos de taxistas, pode se expandir até mesmo para empresas que realizam a entrega de encomendas. Isso porque um novo aplicativo está chegando ao mercado.
Criado por um brasileiro, o app Eu Entrego está seguindo os passos do Uber para revolucionar o mercado em que atua, mas não tem qualquer relação com a companhia. A proposta é simples: melhorar o modo em que clientes e entregadores de encomenda se conectam e possibilitar gastos menores para os usuários.
Disponível para Android e iOS, ele funciona de forma prática. Após o download, o usuário preenche os campos indicando o objeto a ser entregue, o valor que deseja pagar pelo serviço, o trajeto e a data limite para a realização do serviço. Também existe a opção de descrever o que o entregador necessita fazer para completar a entrega, como, por exemplo, deixar a encomenda com uma pessoa específica em um local público.
Depois disso, o usuário será obrigado a realizar o login no aplicativo que é feito após o cadastro das informações pessoais e financeiras. Concluído, o pedido é enviado para os entregadores que poderão fazer propostas para realizar o serviço. Assim, o usuário pode escolher qual entregador mais lhe convém. Nessa etapa também é possível observar o número de estrelas – como no Uber – que o entregador conquistou com as avaliações dos usuários que atendeu anteriormente.
De acordo com o criador da plataforma, o administrador de empresas João Paulo Camargo, a ideia surgiu quando, após ter uma reunião adiada, ele pensou que poderia usar o tempo ocioso que teria até seu próximo compromisso com algo útil, como realizando entregas.
“Poderia existir alguém que precisasse de um remédio, material de escritório ou qualquer outra coisa, mas que não poderia se ausentar para buscar”, explica. Apesar da motivação, o projeto só decolou após um investimento anjo de R$ 1 milhão de reais.
Os entregadores
A expectativa projetada é realizar até o final do ano mais de cinco mil entregas por mês, algo ainda distante das 100 entregas mensais atualmente. Para isso, o serviço aposta no lucro dos entregadores, que podem faturar até R$ 3 mil por mês. Uma porcentagem do valor arrecadado por eles a cada entrega é repassada ao aplicativo.
A oferta de entregadores, aliás, é um ponto que precisa ser esclarecido. Afinal, como confiar em uma pessoa desconhecida para entregar um objeto de valor em um determinado endereço? Para o fundador, a desconfiança será superada quando os usuários verificarem que credibilidade da empresa.
Vale destacar também que para ser um prestador de serviços, é necessário possuir ficha limpa e ser aprovado pelo aplicativo. Para isso, o candidato tem seus antecedentes checados em uma pesquisa realizada pela empresa.
Assim, quem quiser atuar como entregador, primeiro precisa baixar uma versão específica do aplicativo que, por enquanto, está disponível somente para Android.
As encomendas
Os itens enviados não são segurados pelo aplicativo. Ou seja, a responsabilidade do envio é inteira do usuário. Apesar disso, Camargo afirma que há um seguro que cobre extravios e danos de entrega. Nesse caso, o seguro precisa ser solicitado pelo e-mail atendimento@euentrego.com.
Qualquer item legal pode ser transportado, até mesmo animais de estimação. Já armas de fogo, materiais perigosos ou qualquer produto proibido por lei, como drogas, por exemplo, não são permitidos.
O destino escolhido, por sua vez, pode incluir até mesmo endereços fora do território brasileiro. Para isso, basta que existe algum entregador disposto a realizar o serviço.
Por fim, o valor das entregas é combinado diretamente com os entregadores e, por isso, pode sofrer variações de acordo com o endereço, objeto e horário da entrega. Segundo Camargo, o custo é, em média, 10% mais barato do que as entregas convencionais.
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