Segundo a PF, a Vale adulterou as informações sobre o volume de lama depositado na barragem de Fundão
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Com o objetivo de confundir as investigações do desastre em Mariana (MG), a Vale modificou os dados a respeito do volume de lama que a empresa depositava na barragem de Fundão, rompida em novembro de 2015, na cidade mineira, causando um dos maiores estragos ambientais da história do Brasil e resultando ainda em 19 mortes.
A alteração aconteceu após o desastre. A informação está em um relatório da Polícia Federal, obtido pela Folha de S.Paulo. A Vale gerava em Mariana rejeitos como lama, que era destinada à estrutura da Samarco, e arenosos, que iam para o reservatório de Campo Grande.
Em dezembro de 2015, um mês após a tragédia, a mineradora modificou em documentos oficiais informações sobre o teor de concentração do minério que produzia na cidade. Isso fez com que o volume de lama lançado na barragem que se rompeu ficasse menor do que o informado inicialmente pela companhia.
A polícia considerou que o volume de água presente nos rejeitos depositados foi uma das causas da ruptura. A Vale, por sua vez, admitiu as alterações, mas pontuou dizendo que fez “correções”, tudo dentro da transparência com as apurações. Entretanto, o texto do relatório aponta outra coisa.
"Tal fato tem ocorrido para que a Vale se exima de suas responsabilidades com relação aos rejeitos depositados pela mesma na referida barragem", diz a escrita, conforme publicado pela Folha.
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