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domingo, 22 de maio de 2016

Temer doou R$ 4,7 milhões a candidatos com recursos de empreiteiras

Em 2014, campanha do vice-presidente financiou candidatos e diretorórios de partidos com recursos recebidos pelas empreiteiras OAS e Andrade Gutierrez.

DR
A campanha de Michel Temer à vice-presidência em 2014, na chapa de Dilma Rousseff, doou R$ 4,7 milhões a candidatos e diretórios de partidos com dinheiro recebido por meio de duas empreiteiras investigadas no Operação Lava Jato: OAS e Anfrade Gutierrez. As informações são do UOL.

No total, a campanha do vice repassou R$ 16,5 milhões para 76 candidados e a oito diretórios regionais do PMDB. Embora as doações declaradas de empresas não sejam ilegais, advogados do presidente interino têm pedido que as contas de Temer sejam analisadas separadamente nos processos de cassação da chapa Dilma/Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ao todo, há quatro processos que pedem a cassação do mandato da presidente e do vice por crimes eleitorais. As ações, movidas pelo PSDB, argumentam que as doações de empreiteiras envolvidas na Lava Jato são "abuso de poder econômico".
A reportagem diz, ainda, que Temer fez mais duas doações com recursos próprios no valor de R$ 50 mil cada uma. No último dia 3, ele foi condenado em segunda instância por uma dessas doações e, por isso, pode ficar inelegível por 8 anos e pagar multa de R$ 80 mil. Temer foi condenado porque o valor da doação superou em 10% de seu patrimônio declarado na eleição de 2014, de R$ 839.924,46. Temer ainda pode recorrer à decisão.
A assessoria de imprensa de Michel Temer não comentou sobre a questão. O PMDB disse que "sempre arrecadou recursos seguindo os parâmetros legais em vigência no país". Afirmou também que as doações estão "perfeitamente de acordo com as normas da Justiça Eleitoral".
A Adrade Gutierrez informou que as doações feitas são direcionadas exclusivamente aos diretórios nacionais dos partidos. "A definição das candidaturas que receberão esses recursos é feita pelos partidos, sem obrigatoriedade de informação às empresas doadoras", completou. A OAS não comentou sobre o caso.

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