A região é a mesma onde, no sábado (25), o menino Waldik Gabriel Chagas, 11, foi morto por guardas municipais após uma perseguição
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Um adolescente de 15 anos foi morto em suposto confronto com policiais militares na noite de sexta (24) na Cidade Tiradentes, zona leste da capital. A região é a mesma onde, no sábado (25), o menino Waldik Gabriel Chagas, 11, foi morto por guardas municipais após uma perseguição.
De acordo com os registros oficiais, Robert Pedro da Silva Rosa, de 15 anos, foi baleado após perseguição e troca de tiros com PMs da força tática. Ele era suspeito de ter roubado, momentos antes, o carro de uma professora 43 anos que chegava em uma escola, no mesmo bairro.
Ela foi abordada por três adolescentes quando esperava o portão da escola ser aberto. A mulher diz que foi Rosa quem a rendeu com uma arma em punho.
"Ele não foi agressivo, mas pediu rapidez. Disse que eu não podia levar nada. Disse: 'Sai sem nada'", afirmou a mulher, que pediu para não ser identificada. "Na hora eu nem pensei no carro. Como eu vi que o menino estava muito nervoso, a gente fica preocupada é com a vida da gente mesmo", disse.
Ainda segundo a versão oficial, o veículo foi localizado pelos PMs e, após breve perseguição, o menor perdeu o controle do veículo, bateu numa vala, e o abandonou. O menor entrou em um matagal, foi perseguido e, após atirar contra os PMs, recebeu três disparos: dois tiros acertaram no peito e um, na boca.
O menor foi levado para um hospital de Guaianazes, mas não resistiu aos ferimentos.
Um revólver calibre.38, que estaria de posse do menor, foi apreendido. A arma estava com a numeração suprimida. No tambor havia dois cartuchos deflagrados, um picotado (quando a munição falha) e dois intactos.
O caso está sendo investigado pelo DHPP (Delegacia Estadual de Homicídios e Proteção a Pessoa).
A professora disse que fazia dois meses que lecionava na escola municipal Senador Luís Carlos Prestes e, neste período, outros profissionais foram alvo de violência. No local, não há segurança fixa da Guarda Municipal, segundo a professora, que afirma que não voltará a trabalhar naquele lugar.
DIADEMA
Em Diadema (na Grande SP), um adolescente de 17 anos foi morto por um policial militar de folga na manhã deste domingo (26). O PM disse que estava passando de carro por uma rua quando presenciou o menor, na garupa de uma moto, assaltando um motociclista.
O policial anunciou a voz de prisão, houve reação, e o adolescente foi acabou baleado. O comparsa fugiu, abandonando a moto logo depois. A moto usada no crime também era roubada.
O rapaz morto foi identificado Marcos André Barbosa e teria uma série de registros de atos infracionais.
OUTROS CASOS
Também na região da Cidade Tiradentes, um menino de 11 anos foi morto com um tiro na nuca por um guarda-civil metropolitano no fim de semana, no banco traseiro de um Chevette alvo de tiros. Segundo a Guarda Civil, homens que ocupavam o carro faziam assaltos em Cidade Tiradentes, na zona leste.
Perseguidos, não pararam e atiraram. Depois fugiram.
O autor do disparo que matou o garoto foi preso por homicídio culposo (sem intenção). A Secretaria da Segurança Pública informou que o GCM pagou R$ 5.000 de fiança e foi liberado.
A morte de Waldik acontece menos de um mês depois de o menino Italo, de dez anos, ter sido morto por policiais militares na zona sul de São Paulo. Italo estava com outro garoto, de 11 anos, em um carro furtado quando foi baleado durante perseguição policial. Com informações da Folhapress.
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