A Anfavea já havia se posicionado em favor de um acordo mais longo e não anual
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O pacto de comércio bilateral vencia no próximo dia 30. De acordo com a nota do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, ao final do acordo, os países poderão avaliar as condições para o livre comércio.
"Depois de muita negociação, chegamos a um acordo por mais quatro anos que traz muita previsibilidade para o setor e que estabelece bases para o livre comércio automotivo a partir de 2020, uma grande vitória para a indústria nacional", disse o ministro Marcos Pereira.
Segundo a nota, a relação entre o valor das importações e exportações entre as partes deverá observar o coeficiente de desvio sobre as exportações (flex) a 1,5 no período de cinco anos, o mesmo usado no acordo atual.
A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) já havia se posicionado em favor de um acordo mais longo e não anual, como estava estabelecido até agora.
Ricardo Bastos, diretor de relações governamentais da Toyota e vice-presidente da Anfavea, explicou que, além do prazo mais longo, o acordo renovado dá condição de aumentar o flex para 1,7 em 2019, caso haja algum desequilíbrio entre as partes.
"Foi um acordo tranquilo para todo mundo e corrigimos o desequilíbrio atual para o lado argentino. Não haverá penalidade por não cumprir o flex estabelecido. E, ainda, está previsto no acordo a possibilidade de livre comércio em 2020", disse o executivo.
Segundo ele, a indústria argentina importou mais do que exportou para o Brasil no último ano e isso resultou em um flex de 1,72. "A Toyota é a maior importadora da Argentina. Este ano, a previsão é de 44 mil veículos importados de lá. Para nós é importante que esse acordo fosse firmado o quanto antes", disse Bastos.
Dados da Adefa (Associação de Fabricantes de Automóveis) mostram que, em maio, as exportações do setor automotivo argentino, cujo principal destino é o Brasil, somaram 18.199 unidades, uma queda de 12,1% em relação ao mês anterior.
Já as exportações brasileiras somaram 46,89 mil unidades em maio, aumento de 15% em relação ao mesmo período do ano passado. O principal parceiro do Brasil no setor automotivo é a Argentina.
"Estamos muito satisfeitos por termos chegado a um acordo para os próximos anos que nos permita manter as condições para um desenvolvimento equilibrado que promova o investimento e emprego no nosso país", disse o ministro argentino da Produção, Francisco Cabrera, em comunicado. Com informações da Folhapress.
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