Treinador dá sinais de que conta com o palmeirense também na equipe de cima.
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A convocação de Fernando Prass para a seleção olímpica tem o dedo de Tite, treinador do time principal. A lista de 35 pré-convocados da seleção brasileira de futebol para a Rio-2016 que estava sendo elaborada por Gilmar Rinaldi e Dunga, respectivamente coordenador e técnico do time da CBF até o início de junho, tinha dois goleiros com mais de 23 anos: Alisson, que está se transferindo da Inter para a Roma, e Marcelo Grohe, do Grêmio.
A dupla já tinha um feedback do time italiano de que não liberaria Alisson. O argumento da Roma é que quer o seu novo contratado se adaptando na pré-temporada em agosto, que bate com a data olímpica. Grohe seria, então, a opção para o gol caso o Benfica não liberasse Ederson.
O goleiro do time português era o único com idade olímpica (sub-23) que antiga e também a atual comissão técnica da seleção olímpica confiava para ser titular no Rio e, como já se previa, não foi liberado pelo Benfica -como a Olimpíada não é um torneio oficial da Fifa, os clubes não são obrigados a ceder sues atletas.
Dunga acumulava os cargos de técnico do time principal e olímpico, mas sua demissão, depois da eliminação da seleção principal na Copa América Centenário na primeira fase, abriu espaço para uma nova opção no gol: Fernando Prass, do Palmeiras e que terá 38 anos na Rio-2016. Mas como o goleiro palmeirense, que nunca vestiu a camisa da seleção, apareceu como o arqueiro do time olímpico, com potencial até para ser o capitão?
A linha do tempo é mais ou menos assim: no domingo, 12 de junho, a seleção principal perdeu de 1 a 0 para o Peru e foi eliminada da Copa América, em Boston. Na segunda (13), o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, decidiu demitir Dunga e Rinaldi, que estavam viajando dos Estados Unidos ao Brasil.
Na terça (14), Del Nero demitiu a dupla e convidou Tite para conversar na sede da CBF. Ele ouviu do técnico que não gostaria de acumular os cargos na principal e olímpica, e que o ideal era efetivar Rogério Micale, que há quase um ano trabalhava com o time olímpico, já que Dunga não poderia estar em dois lugares ao mesmo tempo e estava ocupado treinando o time principal.
Na quarta (15), a CBF precisou mandar à Fifa e ao comitê organizador da Rio-2016 a lista com os 35 pré-convocados para a competição. Ou seja, em três dias, a dupla que definiria os nomes e que negociava com os clubes a liberação dos atletas caiu, e sobrou para o coordenador da base, Erasmo Damiani, e Micale definirem os nomes.
Aí aparece Tite, que nem havia assinado seu contrato com a CBF ainda. Damiani/Micale não concordavam com algumas ideia de Rinaldi/Dunga. Por exemplo: deixar Thiago Silva fora da seleção.
Tite, então, foi consultado, informalmente, já que sempre disse que não queria interferir na seleção olímpica. Sobre Thiago Silva, Tite deu o aval, até porque conta com ele para a principal -e Del Nero foi consultado se o zagueiro do PSG poderia estar na pré-lista.
Thiago não vinha sendo convocado não apenas porque falhou na eliminação da Copa América de 2015, no Chile, mas porque não tinha um bom relacionamento com Dunga. No final, ele não apareceu entre os 18 convocados porque o PSG não liberou.
Tite foi consultado também sobre goleiro. Falou de Prass, sempre como sugestão. Se nada de extraordinário acontecer até o fim de julho, quando Tite convocará pela primeira vez sua seleção para jogar as eliminatórias no início de setembro (contra o Equador, em Quito, e Colômbia, em Manaus), Prass estará na lista. E será o titular frente os equatorianos.
O nome de Prass foi recebido com entusiasmo pela dupla olímpica. Damiani trabalhou indiretamente com ele no Palmeiras, quando dirigiu a base do clube alviverde entre 2013 e 2015. Prass é visto como um líder, que tem boa influência sobre um grupo de atletas. Elogia e crítica com eficiência, na visão de quem trabalha próximo. Com informações da Folhapress.
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