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segunda-feira, 27 de junho de 2016

Lava Jato mira envolvimento de Cunha no caso de Furnas

TCU e força-tarefa apuram acordos entre companhias privadas e as estatais de energia, as chamadas "empresas paralelas"

Reuters
A chamadas "empresas paralelas", formadas por agentes privados e fundos públicos para gerir empreendimentos do ramo da energia estão no foco da Lava Jato. Segundo informações do jornal O Globo, esse tipo de negócio vinha crescendo sem normas de controle e de transparência. A constatação é do Tribunal de Contas da União (TCU).

O deputado afastado Eduardo Cunha é investigado por um dos casos, em que ele teria usado sua influência para incluir a estatal Furnas em uma Sociedade de Propósito Específico (SPE). A informação está em inquérito solicitado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no fim de abril. O pedido foi instaurado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O relatório do TCU aponta que havia falta de transparência na contração de prestadoras de serviços. As empreiteiras agora investigadas pela Operação Lava Jato foram contratadas nesse regime, se valendo de brechas de fiscalização.
Atualmente, há 179 SPEs com participação de empresas da Eletrobras. Em Furnas, entre 2011 e 2015, as SPEs da estatal movimentaram R$ 21,9 bi, de acordo com balanço de gestão da estatal; de 76 SPEs com participação de Furnas até o ano passado, 54 foi criada depois de 2011. Na Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco), os investimentos da companhia nesse tipo de sociedade aumentaram 801% de 2009 a 2014, de R$ 181 milhões para R$ 1,63 bilhão.

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