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terça-feira, 28 de junho de 2016

Universitário é baleado em perseguição policial na zona leste de São Paulo

A vítima está internada em estado grave no Hospital Estadual da Vila Alpina

 Reprodução
Uma perseguição policial terminou com um universitário baleado na cabeça e o carro atingido por ao menos 16 tiros, na madrugada desta segunda-feira (27), na Vila Independência, na zona leste de São Paulo. Ele está internado em estado grave no Hospital Estadual da Vila Alpina.

O pai do universitário Julio César Alves Espinoza, 24, disse à Polícia Civil que o jovem voltava para casa depois de trabalhar em um buffet na avenida Goiás, em São Caetano do Sul (Grande São Paulo).
O pai também falou na delegacia que o jovem já tinha fugido da PM em outra ocasião para não ter o carro, utilizado por toda a família, apreendido devido a problemas de licenciamento.
Segundo a Polícia Militar, o jovem não obedeceu a ordem de parar na avenida Presidente Wilson, zona leste de São Paulo, por volta das 3h. Teve início uma perseguição que passou pelas avenidas Guido Aliberti e dos Estados, em São Caetano. Participaram da ação homens da PM e GCM (Guarda Civil Municipal) de São Caetano.
A perseguição terminou com o estudante baleado na cabeça e o carro atingido por ao menos 16 tiros na rua Guamiranga. Na delegacia, os policiais e guardas municipais disseram que o estudante atirou contra eles, que revidaram. Nenhum deles ficou ferido.
Os policiais entregaram um revólver calibre 38 e uma substância branca no 56º DP (Vila Alpina), onde o caso foi registrado. Eles disseram que o material foi apreendido no carro do universitário. A Polícia Civil enviou a substância para análise.
A perícia ainda não tem informações sobre indícios de pólvora dentro do carro ou na mão do estudante. Por enquanto, os únicos relatos são de PMs e GCMs envolvidos na perseguição.
Spinoza cursa Tecnologia Logística na Uninove da Vila Prudente e, segundo a Polícia Civil, não tem antecedentes criminais.
MENINOS MORTOSAo menos dois meninos e um adolescente foram mortos em supostos confrontos com policiais militares e GCMs (Guardas Civis Metropolitanos), nas zonas leste e sul de São Paulo, neste mês de junho.
Na noite de sábado (25), o menino Waldik Gabriel Silva Chagas, 11, foi morto por um guarda municipal, na região de Cidade Tiradentes. Dois motociclistas disseram para eles que tinham sido roubados por dois homens que estavam em um Chevette prata.
Os guardas localizaram o carro e começaram a perseguição. Segundo a polícia, os ocupantes do veículo efetuaram disparos contra os guardas, que revidaram. Um dos tiros atingiu a nuca do menino Waldik, que estava no banco de trás do carro.
Na rua Regresso Feliz, os criminosos abandonaram o carro, com o garoto ferido, e fugiram a pé. Waldik foi levado ao Hospital Tiradentes, mas já chegou morto.Na mesma região, o adolescente Robert Pedro da Silva Rosa, 15, foi morto em um suposto confronto com policiais militares, na noite da última sexta (24).
Robert foi baleado após perseguição e troca de tiros com PMs da Força Tática. Ele era suspeito de ter roubado, momentos antes, um carro, de acordo com registros oficiais.
Segundo a versão oficial, o veículo foi localizado pelos PMs e, após breve perseguição, o adolescente perdeu o controle da direção, bateu o veículo em uma vala, e o abandonou. Ele entrou em um matagal, foi perseguido e, após disparar contra os PMs, recebeu três disparos: dois tiros acertaram no peito e um, na boca.
Ao menos um dos disparos que acertaram Robert partiu de um fuzil 556. O menor foi levado a um hospital de Guaianazes, onde morreu.
No dia 2, o menino Italo, de dez anos, foi morto a tiros por policiais militares durante uma perseguição na zona sul de São Paulo. Italo e mais um colega de 11 anos haviam furtado um carro em um condomínio da região e passaram a ser perseguidos.
O menino de 11 anos, que estava com Italo dentro do carro, deu versões diferentes sobre o ocorrido. Nas duas primeiras vezes que foi ouvido, disse que o colega estava armado e que tinha efetuado três disparos contra a polícia. Depois, mudou a versão. Passou a dizer que nenhum dos dois estava armado e que a polícia plantou a arma para justificar os disparos. Com informações da Folhapress.

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