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terça-feira, 26 de julho de 2016

Após ataques, autoridades alemãs pedem rigor na triagem de imigrantes

"Aqueles que abusam da nossa hospitalidade devem voltar a seus países", afirmou Strobl ao Funke Media Group

© Reuters
Autoridades de segurança de alto escalão alemãs pediram nesta terça (26) uma maior triagem de segurança ao receber pessoas que buscam asilo no país, e anunciaram a contratação de policiais após quatro ataques no intervalo de uma semana. Dois deles foram reivindicados pelo Estado Islâmico.

O governador da Bavária, Horst Seehofer, afirmou ao diário "Sueddeutsche Zeitung" nesta terça que "devemos saber quem está no nosso país". Três dos últimos ataques aconteceram na região.
Thomas Strobl, ministro do Interior de Baden-Wuerttemberg, onde uma mulher foi morta por um sírio no último domingo, também pediu uma postura mais dura em relação aos solicitantes de asilo.
"Aqueles que abusam da nossa hospitalidade devem voltar a seus países", afirmou Strobl ao Funke Media Group.
Três dos ataques foram conduzidos por imigrantes recentes, aumentando as preocupações sobre a capacidade alemã de lidar com cerca de 1 milhão de pessoas que entraram no país no último ano.
No ataque mais recente, um sírio de 27 anos que solicitava asilo explodiu uma mochila cheia de explosivos neste domingo depois de ter sua entrada negada em um festival de música em Ansbach, se suicidando e ferindo outras 15 pessoas.
O Estado Islâmico publicou um vídeo na manhã desta terça em que um homem declara lealdade ao grupo e afirma que "o povo alemão não conseguirá dormir em paz". Há indícios de que seria o mesmo encontrado no telefone do homem bomba, encontrado pela polícia.
O homem seria Mohammad Daleel, que se acredita ser o autor do atentado. Ele aparece com o rosto coberto por um cachecol preto e ameaça "explodir suas casas". Autoridades alemãs não puderam ser contatadas para confirmar se trata-se do mesmo vídeo.
No vídeo, o responsável afirma ter agido em resposta ao chamado do grupo para atacar países que compõem a coalização, liderada pelos EUA, que luta no Iraque e na Síria. A Alemanhã não está envolvida mas enviou aeronaves para reconhecimento à região.
Ele ameaçou novos ataques após o bombardeio em Ansbach, dizendo que "essa abençoada operação será seguida por outras".
Após o surgimento da conexão com o EI, promotores federais em Karlsruhe, que investigam a suspeita de terrorismo, pegaram o caso afirmando que vão procurar "determinar se outros cúmplices ou apoiadores estariam envolvidos no crime".
Uma porta-voz da promotoria afirmou à Associated Press que "um dos principais focos é saber se o responsável pelo ataque em Ansbach teve ajuda na preparação e no planejamento". Ela falou em condição de anonimato.
Investigadores também tentam determinar como o vídeo do responsável chegou às mãos do EI e onde ele aprendeu a construir uma bomba.
O suspeito, originalmente da cidade síria de Aleppo, chegou à Alemanha há dois anos e solicitou asilo em agosto de 2014, segundo o ministro do Interior Thomas de Maiziere.
Como ele já havia se registrado na Bulgária e na Áustria, a Alemanha rejeitou o pedido e ordenou sua deportação para a Bulgária, mais recentemente em 13 de julho.
Os solicitantes frequentemente são deportados para o primeiro país onde se registram se não seguem estritamente os procedimentos previstos, mesmo quando o pedido é legítimo. Com informações da Folhapress.

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