Presidente brasileiro chegou ao país ontem e não irá ao Congresso para evitar protestos
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A bancada de deputados da Frente para a Vitória (FPV), coalizão argentina contrária ao presidente Mauricio Macri, publicará nesta terça-feira (27) uma nota de repúdio à visita do presidente Michel Temer ao país.
A resistência ao presidente brasileiro não é de hoje. Deputados argentinos chegaram a fazer cartaz com a foto de Dilma Rousseff dizendo que o impeachment foi golpe.
Eles também declararam que o presidente da Argentina, Mauricio Macri, não deveria reconhecer o governo brasileiro. Macri foi um dos primeiros a fazer isso, quando Temer ainda exercia a presidência interinamente.
Mas, segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, há também muita cautela por parte do governo do país vizinho. Na visita do chanceler brasileiro José Serra, por exemplo, em maio último, não houve entrevista coletiva dele ao lado da colega argentina, como ocorre quando um chanceler visita o país.
Desta vez, é o próprio Temer quem chega à Argentina, embora a viagem não será tratada como visita de Estado. Isso só ocorreria, alega o governo do país vizinho, caso o presidente brasileiro visitasse o Congresso, o que não ocorrerá.
A chanceler do país, Susana Malcorra, afirmou que não há tempo para preparar uma visita de Estado, que deverá ser agendada para outra ocasião. A ideia, no entanto, é não expor Temer: tanto o Senado quanto a Câmara são dominados pela oposição peronista, contrária ao presidente brasileiro.
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