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sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Filho de Amarildo nega que mãe foi coagida a falar em favor de Crivella

Advogado de Elizabete disse que o filho é empregado da Associação de Moradores e deve ter sido obrigado a negar as informações em função do emprego

© Reprodução
Após a informação de que a viúva de Amarildo de Souza - desaparecido na favela da Rocinha em 2013 - ter sido publicada pela imprensa de que ela teria sido obrigada a gravar um vídeo para a campanha do candidato à prefeitura do Rio, Marcelo Crivella (PRB),atacando o cadidato adversário Marcelo Freixo (PSOL), um dos filhos do auxiliar de pedreiro negou que houve tal constragimento.

A declaração foi dada por Emerson Gomes de Souza à Radio CBN, na última quinta-feira (27)horas depois de Elizabeth ter registrado queixa na 11ª Delegacia de Polícia (Rocinha) contra a campanha de Crivella. As informações são do Estadão.
Segundo a declaração de Emerson, a mãe estava lúcida no momento da gravação, contrariando o que foi dito por Elizabeth no boletim de ocorrência, quando afirmou ter sido coagida além de induzida a ingerir bebidas alcoólicas.
"Ela falou uma hora de gravação, falou bastante coisa, não sei se criticou o Freixo, mas falou mais da nossa família", disse. Já Elizabeth disse não lembrar do que falou. Supostamente, seriam acusações contra o candidato do PSOL porque parte do dinheiro arrecadado em uma campanha para ajudar a família foi destinado a organizações de defesa de direitos humanos. Na queixa prestada, ela afirmou que um grupo de 15 a 20 homens foi à sua casa, na Rocinha, zona sul do Rio. Os homens lhe deram R$ 190 alegando ser uma forma de ajudá-la, já que sua família é carente. Ela teria aceitado o dinheiro, comprado drogas com ele e gravado o vídeo. Teria recebido, também, a promessa de ganhar um salário mínimo por mês por quatro anos se o candidato do PRB fosse eleito.
A campanha de Crivella confirma o contato, mas nega ter dado ou oferecido dinheiro. Também afirma que procurou Bete, como é conhecida, após contato da Associação de Moradores da favela, a pedido dela, e afirma que não houve consumo de droga ou bebida no encontro. Bete teria enviado ao grupo de Crivella quatro vídeos com acusações a Freixo.
Já o advogado de Elizabeth afirmou que Emerson foi induzido pela Associação de Moradores da Rocinha a prestar a declaração. Segundo ele, o filho de Amarildo trabalha como gari comunitário na favela, atividade administrada pela entidade.

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