Asfalto desnivelado pode ter causado a queda e a morte da jovem Júlia Rezende
© Reprodução / TV Globo |
De acordo com o G1, os peritos analisaram cada detalhe da rua São Clemente, onde aconteceu a fatalidade. A família de Júlia, que tinha 19 anos, acompanhou tudo, assim como o motorista que atropelou a jovem.
A distância que o veículo passou da bicicleta foi obtida com base nas imagens gravados por câmeras de segurança. E foi muito perto.O Código Brasileiro de Trânsito determina que os veículos fiquem a 1,5 de distância das bicicletas.
“Antes do ponto de encontro entre os dois e da colisão, nos parece ter havido a possibilidade de visão. Nesse sentido se, no final, com todos os elementos reunidos, ficar constatado que haveria algo a se fazer ainda, diminuir a velocidade por conta dessa possibilidade de visão, há uma imprudência e negligência e vai se configurar homicídio culposo”, afirmou à reportagem a delegada Bárbara Lomba.
Testemunhas disseram que o motorista não parou após o acidente. A perícia apontou que o trecho no qual a ciclista foi atropelada é faixa exclusiva do BR e fica mais estreita. Esse problema ainda foi aliado às más condições do asfalto, o que teria sido determinante para causar o atropelamento. Sendo assim, a prefeitura do Rio pode ser responsabilizada.
“Há estreitamentos súbitos e o asfalto todo irregular, principalmente nos cantos. Rente ao meio fio, há defeitos que podem ser ocasionados com o tempo pelo peso dos veículos, mas deveriam ter sido reparados. No momento, podemos falar em fatalidade, e assim, infelizmente há responsabilidades a serem apuradas, em âmbito civil, não só no âmbito criminal”, complementou a delegada.
A investigação ainda não terminou. Passageiros ainda serão ouvidos.
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