Hipótese tem ganhado força entre especialistas
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© Jaime Saldarriaga / Reuters |
A falta de combustível, causada por um erro de cálculo do piloto, pode ter motivado a queda da aeronave LaMia, que transportava a delegação do Chapecoense e caiu, a cerca de 17 quilômetros do aeroporto de Medellín, na Colômbia, onde pousaria. O avião decolou de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia.
A hipótese começa a ganhar força entre os especialistas. As duas caixas-pretas já foram localizadas e devem ajudar a esclarecer as causas do acidente. Segundo matéria da TV Globo, em uma delas está gravada a conversa do piloto com a torre de controle do aeroporto, nos últimos trinta minutos antes da queda, e na outra estão registrados todos os comandos do voo.
Embora as autoridades colombianas estejam cautelosas e não queiram divulgar qualquer especulação sobre as causas do acidente, o que se sabe é que, entre as cidades de La Ceja e La Unión, o piloto declarou situação de emergência.
O aviso de emergência significa que o avião passava por dificuldades, mas não que estivesse necessariamente em situação desesperadora. Uma outra aeronave, um Airbus A320, também estava em emergência e com vazamento de combustível. Teve, então, prioridade para pousar.
Segundo testemunhas, o avião da LaMia teria dado duas voltas, procedimento normal antes do pouso, e só depois relatou para a torre que estava com pane elétrica. Se isto era verdade ou se o avião já estava com falta de combustível, apenas as caixas pretas poderão esclarecer.
De acordo com a revista Época, o site especializado FlightRadar24 informou que a aeronave percorreu 2.975 quilômetros antes de desaparecer. É uma distância maior que a autonomia desse tipo de avião: 2.964 quilômetros (um valor de referência sujeito, sempre, às condições de voo).
O piloto Miguel Queiroga, que morreu no desastre, era o dono da companhia LaMia e, segundo o diretor da empresa, era bastante experiente. As autoridades bolivianas ainda informaram que a manutenção e a documentação da aeronave estavam em dia.
EMPRESA
Segundo o Diário Catarinense, o porta-voz da LaMia, companhia do avião fretado que levava a comitiva da Chapecoense, Mário Pacheco, admitiu que a aeronave trabalhava no limite de sua capacidade de combustível. "Tinha dispositivos para ampliar autonomia, dependendo do plano de voo", disse.
Além disso, o representante da empresa falou sobre a possibilidade de erro. "Falha humana não houve, mas pode ter havido erro e as investigações é que vão mostrar".