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terça-feira, 29 de novembro de 2016

Marcas de protetor solar falham em teste de qualidade; veja quais

As marcas que falharam no teste foram Sundown, L’Oreal, ROC, Sunmax e La Roche Posay

© DR
A Proteste realizou um teste de qualidade em marcas de protetor solar, estudando se elas realmente tinham o fator indicado na embalagem. Dos dez produtos testado, cinco não passaram – sendo que, de acordo com a Veja, uma das marcas ainda apresentou uma proteção contra raios UVA menor do que a permitida pela legislação.

As marcas que falharam no teste foram Sundown, L’Oreal, ROC, Sunmax e La Roche Posay. O último apresentava um FPS 42% menor do que o indicado. A publicação apurou que a Proteste solicitou que os fabricantes corrijam a informação fornecida nos rótulos dos protetores.
OUTRO LADO
Confira a íntegra da resposta dos fabricantes e, ainda, da Proteste e Sociedade Brasileira de Dermatologia:
Sociedade Brasileira de Dermatologia
A Sociedade Brasileira de Dermatologia, única instituição reconhecida pela Associação Médica Brasileira (AMB) e Conselho Federal de Medicina (CFM), como representante dos dermatologistas no Brasil recebeu uma publicação da Associação PROTESTE com resultados relativos a testes realizados com protetores solares no Brasil e esclarece:
  1. Os resultados mostrados pela PROTESTE devem ser analisados com muita cautela.
  2. A metodologia utilizada para realização de testes com protetores solares deve ter rigorosa comprovação científica. Variações de métodos podem produzir resultados díspares, levando a conclusões equivocadas.
  3. Os testes que medem a proteção à radiação UVB chamado FPS e os testes que medem a proteção à radiação UVA, são complexos, com pormenores e detalhes técnicos que podem interferir significativamente no resultado final
  4. A Sociedade Brasileira de Dermatologia desconhece os métodos utilizados pela PROTESTE para realizar os testes com filtros solares e desconhece também o laboratório que os realizou. Da mesma forma, esta Sociedade não acusa o recebimento das análises técnicas efetuadas, que serviram como base para os resultados que porventura possam ser publicados. 
  5. A Sociedade Brasileira de Dermatologia entende que, sem a análise detalhada dos dados completos relativos ao estudo publicado pela PROTESTE, NÃO pode reconhecer os resultados apresentados. 
  6. Do ponto de vista de saúde pública, o mais importante é que o usuário de protetores solares faça uso continuado e em quantidade adequada destes produtos, cujo objetivo principal é a prevenção do câncer da pele, que é o tipo de câncer mais comum na população brasileira. Diante destes esclarecimentos, a Sociedade Brasileira de Dermatologia, única representante de mais de 8100 dermatologistas no Brasil repudia qualquer divulgação precipitada, equivocada e alarmista que comprometa suas orientações de proteção solar e reforça que o uso do filtro solar continua sendo uma das mais importantes formas de prevenção do câncer da pele.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia estimula o uso continuado dos fotoprotetores e reforça sua credibilidade nos filtros solares brasileiros que são regulados pela ANVISA e considerados inclusive como referência mundial na tecnologia utilizada na sua fabricação.
Concluindo, a Sociedade Brasileira de Dermatologia vê com muita preocupação a divulgação de testes que, sem as devidas comprovações científicas/dermatológicas, podem desestimular o uso do protetor solar, o que seria um comportamento extremamente perigoso, especialmente no Brasil onde a incidência do câncer da pele é alarmante.
L’Oréal
A L’Oréal refuta, de forma absoluta, os resultados apresentados pela Proteste e desconhece os critérios utilizados na realização dos testes em protetores solares conduzidos por esta entidade. O Grupo e suas marcas La Roche-Posay e L’Oréal Paris não foram informados sobre o laboratório no qual foram feitos esses testes, tampouco as condições e os resultados detalhados dos mesmos.
A L’Oréal reafirma seu compromisso com a saúde da população brasileira e fornece produtos seguros e de alta eficácia. Todos os testes de nossos produtos solares – em particular os referentes a segurança e eficácia – foram analisados e aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), conforme regulamentação sanitária vigente.
Ao contrário da Proteste, a L’Oréal apresenta, com total transparência, as análises feitas por laboratórios independentes e de reconhecimento mundial, utilizando as metodologias ISO 24444:2010 (FPS) e ISO 24442:2011 (PPD).
Os testes dos produtos Anthelios XL Fluide FPS 70 (La Roche-Posay) e Solar Expertise Invisilight FPS 50 (L’Oréal Paris), que foram feitos nos laboratórios Dermscan, IEC France e Poland Dermscan, apresentam resultados absolutamente divergentes dos informados pela Proteste, conforme abaixo:
Resultados:
Anthelios XL Fluide FPS 70
(testes realizados pelo Laboratório Dermscan):
FPS = 85,4
UVA: 44,5
 Solar Expertise Invisilight FPS 50
(testes realizados pelos Laboratórios IEC France e Poland Dermscan):
FPS = 58,9
UVA: 23,2
O posicionamento da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos
A Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos refuta, mais uma vez, os dados divulgados pela Proteste relativos à eficácia dos protetores solares.
A Proteste vem utilizando, ao longo dos anos, testes não reconhecidos pela comunidade científica internacional, apresentando resultados altamente questionáveis sobre produtos que há anos são consolidados no Brasil e no mundo. Apesar de mencionar na presente comunicação ter seguido as metodologias requeridas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a Proteste continua não informando o laboratório que realizou a análise e não fornece os detalhamentos necessários que asseguram as condições em que foram feitos os testes.
Em um país com a segunda maior incidência de câncer da pele no mundo, é absurdo que um órgão ainda se manifeste de forma tão leviana contra o trabalho sério desenvolvido por indústrias, entidades científicas e autoridades na busca contínua da maior proteção para o consumidor. É importante lembrar que as indústrias de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos são reguladas pela Anvisa, órgão de alto respeito nacional e internacional que exige a comprovação da eficácia e segurança dos protetores solares via métodos validados internacionalmente.
Estamos convencidos de que a divulgação de informações de natureza no mínimo duvidosa, como as feitas pelo Proteste, induzirá o consumidor ao erro de repensar o uso de produtos essenciais do setor para proteção solar, podendo trazer grande prejuízo tanto para a saúde das pessoas quanto para a própria indústria nacional de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos.
Johnson & Johnson
A Johnson & Johnson Consumo, detentora das marcas SUNDOWN® e ROC®, reafirma seu compromisso com o consumidor na oferta de produtos de qualidade e na busca constante pela inovação e tecnologia dedicadas à saúde e ao bem-estar dos brasileiros. SUNDOWN® e ROC® oferecem o FPS declarado em suas embalagens, seguem a legislação nacional e são aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).  Vale reforçar que todos os produtos da linha SUNDOWN®, assim como os da ROC®, além de serem testados e aprovados pela Anvisa, também são validados por metodologias utilizadas por órgãos internacionais, como o FDA (Food and Drug Administration, dos Estados Unidos) e a CCE (Comunidade Comum Europeia).  Em resposta ao teste realizado pela Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), a Johnson & Johnson Consumo informa que não teve acesso a informações específicas sobre a metodologia, o que impede uma análise concreta e fidedigna dos resultados.
Proteste
Realizamos o teste com produtos encontrados no mercado e disponíveis para o consumidor final, portanto os resultados informados por eles  podem não condizer com o mesmo produto/lote testado por nós, visto que as análises são válidas apenas para o lote em questão e não para todos os produtos do mercado. As análises realizadas estão de acordo com a metodologia descrita pela Anvisa na RDC nº 30 de 1 de Junho de 2012,  e o laboratório é capacitado e com reconhecimento internacional para a realização das mesmas.
Essa foi a quarta vez que a Proteste testou protetores solares. Embora agora tenha sido analisada a versão para o rosto, os resultados mostraram que o problema de discrepância entre o indicado nos rótulos e a real proteção oferecida persiste. Diante disso, a organização solicitou uma fiscalização mais adequada dos produtos, pediu as fabricantes dos produtos que não passaram no teste que corrijam a informação nos rótulos e que a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) obrigue os fabricantes a fazer um recall desses protetores.
O uso diário do protetor solar protege contra o envelhecimento precoce da pele, colabora para a prevenção de manchas e marcas de expressão causadas pela exposição excessiva ao sol, e problemas de problemas mais sérios como o câncer de pele, que corresponde a 30% dos tumores malignos registrados no Brasil.

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