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quarta-feira, 1 de março de 2017

Impressão 3D de pele humana permite tratar queimaduras

Anúncio foi feito pela empresa espanhola BioDan, especializada em bioengenharia

© Universidad Carlos III de Madrid / Divulgação
Uma bioimpressora 3D capaz de criar pele humana já está sendo usada para ajudar pacientes que sofreram queimaduras e para realizar testes de pele.

Eis o que revela Alfredo Brisac, diretor executivo da empresa espanhola BioDan especializada em bioengenharia.
No mês passado, cientistas da Universidade Carlos III de Madrid e o grupo BioDan apresentaram o protótipo de uma impressora 3D capaz de criar pele humana que serve para transplantes, podendo também ser usada em testes cosméticos, químicos e farmacêuticos. 
Um dos primeiros órgãos humanos a ser criado através de uso da bioimpressão é a pele humana imprimida em 3D. Mas como é ela criada? A biotinta contém elementos cruciais como queratinócitos, fibroblastos e fibrina capazes de recriar a estrutura da pele.
Em entrevista à Sputnik, Brisac explicou que a questão é poder "achar um método mecatrônico de depositar células sobre uma estrutura semelhante à natural".
"Com a pele, nós temos sido capazes de fazê-lo com algo parecido a uma bioimpressora. Um novo paradigma será a criação de um órgão humano vivo", sugere o cientista.
É assim que Brisac descreve essa tecnologia 3D inovadora. "É como se fosse um terno feito sob encomenda, é de você para você. Assim, se você nos dá um centímetro quadrado da sua pele, nós podemos imprimir até dois metros quadrados de sua pele viva. Aplicamos isso para a unidade de queimaduras graves na Espanha e começamos a fazê-lo em outros países", conta o cientista.
Brisac acrescenta que através deste método é possível imprimir até 400 metros quadrados de pele viva a partir de uma amostra pequena de pele humana. 
"Concluímos os testes com sucesso. Um dos usos primários da pele impressa em uma impressora 3D são os testes de medicamentos", conta o cientista espanhol.
E o custo, afinal? Segundo Brisac, uma bioimpressora 3D não é tão cara como se imagina. No entanto, a maior dificuldade é a criação da biotinta e o controle de qualidade da pele obtida, explica o cientista, acrescentando que se trata do primeiro caso em que um órgão humano é produzido a partir de células vivas. (Sputnik)

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