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sexta-feira, 28 de abril de 2017

Crianças são flagradas brincando de 'boca de fumo'; cena impressiona

Meninos tinham réplicas de armas em tamanho real, caderno de contabilidade do tráfico, dinheiro de mentira e papelotes com achocolatado e leite em pó fingindo ser cocaína e maconha

© DR
Um grupo de cinco crianças foi visto por Policiais Militares brincando de "boca de fumo" na comunidade da Gardênia Azul, no Rio, nesta quarta-feira (26). Especialistas demonstraram preocupações em relação à reprodução detalhada da estrutura do tráfico.


O antropólogo e ex-capitão do Bope, Paulo Storani, disse em entrevista ao Extra que se surpreendeu com a reprodução que as crianças fizeram da estrutura real do tráfico. Além de réplicas das armas em tamanho real com carregador de mentira, os meninos simularam um caderno de contabilidade do tráfico, usaram dinheiro de mentira e papelotes fingindo ser cocaína e maconha, em sacos com achocolatado e leite em pó.
Criança brinca com aquilo que vivencia e projeta seu futuro. Há um glamour em torno do bandido porque vários foram glamourizados. Então, as crianças querem ser bandidos. É muito preocupante que numa brincadeira infantil, eles finjam ser bandidos, principalmente com esse nível de detalhamento. A ponto de reproduzirem toda estrutura que vemos no tráfico de drogas. Infelizmente, é um retrato da nossa realidade. Cadê os pais que não estão vendo isso? É esse futuro que querem para essas crianças? Omissão é uma forma de estímulo. É extremamente preocupante."


As crianças foram encontradas por PMs do 18º BPM, de Jacarepaguá, que estavam na região atendendo a uma denúncia de que criminosos armados com fuzis estariam na mata próxima à Gardênia Azul.
"Foi uma ocorrência inusitada. Recebemos a denúncia e fomos para uma ocorrência "à vera" mesmo. Tínhamos informações de traficantes com fuzis na mata. Achamos estranho porque sempre fazemos o patrulhamento na região e isso não é comum ali. Pensamos que pudesse ser uma invasão de facção rival, até. Graças a Deus nós fomos iluminados e chegamos com cautela", disse ao Extra o comandante do batalhão, coronel Rogério Figueiredo.

De acordo com o comandante, as crianças, que têm de 10 a 13 anos de idade, se assustaram ao ver a ação policial. "Essa juventude está perdida mesmo. Encontramos eles com toda aquela parafernália bem realista. Infelizmente, hoje as informações chegam muito fidedignas para a nossa juventude. Eles produziram um cenário bem próximo do real", revelou o PM.
Via...Notícias ao Minuto

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