Familiares do ex-jogador e a Prefeitura de Magé também desconhecem o local onde o bicampeão mundial está enterrado
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A administração do Cemitério municipal de Raiz da Serra, a Prefeitura de Magé, na Baixada Fluminense (RJ), e parentes de Mané Garrincha não sabem onde estão os restos mortais do ex-jogador, bicampeão mundial com a seleção brasileira. Ele morreu em 1983, vítima do alcoolismo, e foi sepultado no local.
Segundo informações do jornal Extra, a descoberta do incerto destino do corpo do craque aconteceu por acaso. É que a Prefeitura de Magé queria homenagear Garrincha, que completaria 84 anos em outubro, e foi atrás do local exato do sepultamento do ídolo do Botafogo. Na busca, o prefeito Rafael Tubarão recebeu um relatório da Secretaria de Ação Social um relatório de um recadastramento feito no cemitério. O documento diz que o corpo do ex-driblador tinha sido exumado, sem a presença de familiares.
“Pelo que a gente pesquisou, não se tem certeza de que ele está enterrado. Houve uma informação de que o corpo foi exumado e levado para um nicho (gaveta no cemitério), mas não há documento da exumação”, contou ao Extra Priscila Libério, atual administradora do cemitério.
Já Rosângela Santos, filha de Garrincha, confirma o paradeiro desconhecido dos restos mortais do pai e a confusão acerca da exumação. “Eu não vi. Só me disseram que haviam tirado (corpo) e colocado num nicho na parte superior do cemitério. Não deram nenhum documento disso”, disse ela, que acrescenta. “Fui informada pelo cemitério que haviam tirado o corpo do meu pai do local onde havia sido sepultado. Era uma cova que pertencia a uma tia que também já morreu. Disseram que estaria num nicho, mas não se tem certeza de nada. Ninguém da família foi informado da exumação do corpo. É difícil para mim e para minhas irmãs não saber onde está o corpo do nosso pai”.
Já João Rogoginsky, de 70 anos, primo de Garrincha, diz que há cerca de dez anos, outra pessoa da família morreu e precisou ser enterrada no jazigo onde originalmente o jogador foi sepultado. Eu não vi (exumação). Só me disseram que haviam tirado e colocado num nicho na parte superior do cemitério. Não deram nenhum documento disso”, contou.
A confusão é ainda maior porque na sepultura onde Mané foi enterrado em 1983 a data está incorreta. Garrincha morreu no dia 20 de janeiro daquele ano, só que a informação no túmulo diz que ele morreu na mesma data, mas em 1985. E para completar, existem duas sepulturas com o nome de Garrincha no cemitério. Uma coletiva, na parte de baixo do terreno, onde ele foi sepultado originalmente, assim como outros parentes. A outra sepultura fica na parte de cima do local, construída em 1985 pela Prefeitura de Magé, que colocou um obelisco para marcar a tumba.
A Prefeitura de Magé espera o aval da família para fazer uma exumação nas sepulturas.”Se a família concordar, faço exumação nas sepulturas. E um DNA para saber se algum corpo é o de Garrincha”, concluiu o prefeito Rafael Tubarão.
Via...Notícias ao Minuto
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