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segunda-feira, 1 de maio de 2017

Dia do Trabalho: policiais e encapuzados entram em conflito em Paris

Em Paris, policiais e manifestantes encapuzados entram em confronto durante manifestação pelo 1° de Maio

© Reuters
Forças policiais enfrentaram grupos de encapuzados na tarde desta segunda-feira (1°) em Paris, logo no início de uma manifestação sindical em comemoração ao Dia do Trabalho da qual participavam milhares de pessoas.


Segundo a delegacia de polícia, pelo menos três agentes ficaram feridos - um deles em estado grave - depois do lançamento de coquetéis molotov pelos encapuzados, que ficaram posicionados no começo da marcha, organizada na praça da República pela Confederação Geral do Trabalho, Força Operária, a Federação Sindical Unitária e a Sud.
A prefeitura, que tinha mobilizado 2 mil agentes para fazer frente a eventuais distúrbios nesta convocação, também disse que uma pessoa foi detida por portar uma arma.
Os agentes policiais lançaram bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os encapuzados - cerca de 150 - do resto dos manifestantes, que ficaram parados antes de retomar a marcha em direção à praça da Nação.



Os encapuzados levavam alguns cartazes nos quais mostravam claramente sua rejeição por ter de escolher entre os dois candidatos que disputarão o segundo turno, o social-liberal Emmanuel Macron e a ultradireitista Marine Le Pen.
Os sindicatos franceses celebraram o 1° de Maio divididos sobre como se posicionar em relação ao crescimento de Le Pen nas pesquisas de intenção de voto, já que enquanto os "reformistas" pediram voto explicitamente para Macron, o mais esquerdistas não querem ser associados a um programa social-liberal que criticam.
A Confederação Geral do Trabalho e a Força Operária, ainda manifestando rejeição frontal a Le Pen, resistiu em pedir apoio a Macron, seguindo o candidato da esquerda radical às presidenciais, Jean-Luc Mélenchon.
Este grupo foi o que desfilou entre a Praça da República e a Praça da Nação, com um cortejo de milhares de participantes entre os quais esteve Mélenchon.
Por outro lado, a Confederação Francesa de Trabalhadores (CFDT, primeiro sindicato do país) e a União Nacional de Sindicatos Autônomos tinham organizado um ato nesta manhã na praça de Estalingrado, à qual compareceram centenas de pessoas.
Antes do início da marcha sindical na Praça da República, ativistas da organização Avaaz organizaram uma ação junto ao monumento e cobriram os rostos com máscaras que combinavam os rostos de Marine Le Pen e de seu pai, o fundador da Frente Nacional, Jean-Marie Le Pen.
Pretendiam assim mostrar o vínculo direto entre os dois, apesar da candidata da extrema direita se esforçar para se distanciar de seu pai.
O encarregado da campanha do Avaaz, Aloys Ligault, insistiu que "Marine Le Pen compartilha mais que um sobrenome com seu pai. Destila após seu sorriso o veneno de uma ideologia de ódio. Para os Le Pen, propagar a divisão é um assunto familiar, e a única maneira de pará-los é votar no domingo por Macron".
Marine Le Pen comentou os confrontos em Paris em sua conta no Twitter, prestando homenagem aos agentes feridos. Com informações da Agência Brasil.

Via...Notícias ao Minuto 

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