Movimentos anti vacinas podem provocar retorno de doenças
© Gabriel Rosa/SMCS |
O comissário europeu para a Saúde, Vytenis Andriukaitis, fez um alerta nesta quarta-feira (31) sobre o risco da volta da poliomielite (também conhecida como paralisia infantil) ao continente europeu.
O temor é que o aumento dos movimentos antivacinação provoque o retorno da doença, assim como ocorre com os casos de sarampo em diversos países.
"No que tange a 'pólio', a grande Europa se tornou 'pólio free' em 2002. Esse status agora está correndo risco por causa da baixa imunidade da população e a lacuna de imunização também nos países da União Europeia", disse Andriukaitis durante o Workshop Europeu sobre a Vacinação, em Bruxelas.
De acordo com o comissário, que também é médico, "a cada ano no mundo, a vacinação impedem uma cifra estimada em 2,5 milhões de mortes". Ele ainda afirmou que seu coração "fica em pedaços quando vejo mortes trágicas" por sarampo ou rubéola no mundo.
"Sou médico, conheço os benefícios que a vacinação nos trouxe. A vacinação é um instrumento multiuso, social, humanitário e econômico, que permitiu a ampliação da esperança de vida nos últimos 40 anos", afirmou ainda Andriukaitis destacando que "os mitos serão derrubados" sobre a vacinação.
A poliomielite é uma grave doença transmitida por um vírus e que atinge o sistema nervoso central, podendo provocar paralisia no corpo. Ela foi descrita pela primeira vez pelo médico britânico Michael Underwood em 1789 e foi registrada de maneira epidêmica na Europa no início do século 19.
Pouco depois, o surto atingiu os Estados Unidos, atingindo seu ápice em 1952 com 21 mil casos registrados. Na Itália, em 1958, foram notificados oito mil casos, sendo que o último registro da doença em território italiano ocorreu em 1982.
Já no Brasil, o último caso da doença foi registrado em 1990 e o país conseguiu o certificado de erradicação da "pólio" em 1994.
No entanto, com o avanço dos movimentos anti-vacinas, especialmente na Europa, a quantidade de imunização de crianças vem caindo. Estima-se que na Itália, por exemplo, ele já tenha caído para 95% das crianças.
Neste ano, o país enfrenta um alta de mais de 200% nos casos de sarampo, doença que também era amplamente controlada por vacina.
Até por conta disso, o Conselho de Ministros da Itália aprovou um decreto, neste mês de maio, que reintroduz a obrigatoriedade de vacinação em crianças de 0 a 6 anos. (ANSA)
Via...Notícias ao Minuto
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