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quarta-feira, 28 de junho de 2017

Comer Transtornado pode ser potencializado pelas redes sociais; entenda

Em busca de padrões de beleza irreais, grande parte da população vem tomando decisões inadequadas que colocam em risco suas saúdes física e mental

© iStock

Excelentes plataformas de globalização e socialização, as redes sociais ganham diariamente novos adeptos e funcionalidades. No entanto, o estilo de vida nelas retratados, que dita padrões de beleza e comportamento de difícil alcance, vem causando, principalmente aos jovens, problemas para a saúde mental e física, como o ainda pouco discutido Comer Transtornado, conforme alerta Ariana Galhardi, nutricionista mestranda do Programa de Mestrado Profissional em Nutrição: do nascimento à adolescência do Centro Universitário São Camilo.


O Comer Transtornado não chega a ser ainda um distúrbio grave, mas se manifesta por maneiras não saudáveis pelas quais as pessoas se relacionam com a comida. “Com o objetivo de emagrecer ou manter peso, as pessoas tomam medidas que podem prejudicar a saúde do corpo, como tomar medicamentos para controle de peso e laxantes sem prescrição médica, praticar exercícios em excesso sem acompanhamento profissional, pular refeições e se tornar obcecada em contar as calorias de tudo o que ingere”, explica a nutricionista.
“Não se pode afirmar que todas as pessoas que apresentam Comer Transtornado vão desenvolver distúrbios alimentares, mas provavelmente quem possui algum distúrbio começou dessa forma”, ressalta Ariana.
Segundo a profissional, esse comportamento alimentar não possui ainda um diagnóstico exato, mas é necessário que haja acompanhamento profissional quando alguns de seus sinais forem identificados. “Se a pessoa começa a pensar muito em comida, em calorias, em controle de peso, vive de dieta, faz compensações por ter comido alguns tipos de alimentos ou de alguma forma sua alimentação traz sofrimento físico, social ou emocional para essa pessoa, é um alerta importante. Nesse caso, é preciso buscar ajuda de um nutricionista e até mesmo de um psicólogo, para que sejam trabalhadas questões como imagem corporal e autoestima”, explica.
“É muito comum que pessoas sem formação na área da saúde deem dicas de alimentação e generalizem questões individuais, como vem acontecendo, por exemplo, com o glúten e a lactose, que não trazem prejuízos para quem não possui intolerância. Viver permanentemente de dieta não é normal, e é importante que as pessoas debatam o quanto esse tipo de conteúdo vem influenciando suas percepções sobre si mesmo e suas atitudes em relação à comida”, acredita a mestranda do Centro Universitário São Camilo.
Via...Notícias ao Minuto

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