Em texto do "Diário Oficial", presidente da República justifica que lei contraria "o interesse público" e é "inconstitucional"
Adicionar legenda© Marcos Corrêa/PR |
Ao fim de 2017, acaba a permissão para que contribuintes destinem percentuais do Imposto de Renda para o financiamento de produções cinematográficas. O presidente Michel Temer vetou a prorrogação de incentivos previstos na Lei do Audiovisual até 2019. A decisão foi publicada, nesta quinta-feira (24), no "Diário Oficial da União".
O prazo inicial para utilizar o benefício fiscal do Recine (Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição Cinematográfica) tinha 31 de dezembro como data de expiração.
Ao analisar o projeto, congresso votou a alteração do prazo para 2019. Segundo a publicação desta quinta, o presidente não acatou a prorrogação e devolveu o documento ao Congresso, que aprovou a data.
A decisão compromete a Lei do Audiovisual, criada em 1993 para estimular economicamente obras cinematográficas, em troca de abatimentos no Imposto de Renda. Conforme Temer, a Lei do Audivisual contraria "o interesse público" e é "inconstitucional".
O presidente informou ainda, em nota, que embasou a decisão em dados do Ministério da Fazenda que mostrariam a legislação viola o teto de gastos e a Lei de Responsabilidade Fiscal "por não apresentarem o impacto orçamentário e financeiro decorrente da renúncia fiscal nem a respectiva medida de compensação."
Como lembra o G1, em novembro passado, Temer tinha prometido renovar os incentivos fiscais para financiar obras cinematográficas, afirmando: "Gostaria de anunciar que iremos renovar por mais cinco anos, até 2022, os benefícios da Lei do Audiovisual".
Via...Notícias ao Minuto
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