De incidência elevada, a enfermidade está associada a períodos de imobilidade durante internações hospitalares
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Principal causa de morte evitável nos hospitais, o tromboembolismo venoso (TEV), ou trombose, é uma doença de incidência elevada que pode acarretar complicações importantes. No Brasil, são registrados por ano cerca de 120 mil novos casos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular. Por isso, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para o melhor prognóstico do paciente.
A trombose se dá a partir da formação de um coágulo, ou trombo, em uma ou mais veias do corpo. Esse coágulo pode bloquear ou dificultar o fluxo de sangue na região e, quando essa condição ocorre no interior de veias profundas, geralmente nos membros inferiores, o quadro recebe o nome de trombose venosa profunda (TVP). Quando o coágulo se desprende e se desloca até o pulmão, pela corrente sanguínea, é instalada a embolia pulmonar (EP), principal complicação do TEV.
Longos períodos de imobilidade, decorrentes da permanência no leito, estão relacionados à TVP. Cerca de 60% dos casos, de fato, estão associados às internações hospitalares, segundo a Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia (International Society on Thrombosis and Haemostasis). “O período pós-cirúrgico e uso de cateteres, por exemplo, são condições que fazem com que o paciente fique ainda mais suscetível à doença”, explica o médico Marcos Arêas Marques, da Unidade Docente Assistencial de Angiologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto – UERJ.
Alguns fatores, como obesidade, tabagismo, gravidez, puerpério, insuficiência cardíaca, varizes e uso de estrógenos, podem tornar o paciente mais propenso a um quadro de TVP. Por isso, é importante aplicar avaliações de risco no momento da internação hospitalar. “Esses escores de risco ajudam a normatizar as condutas de profilaxia. Por meio do histórico do paciente é possível avaliar o grau de risco para TVP e evitar que a condição se estabeleça”, ressalta o médico.
Inchaço nos pés, joelho ou pernas, bem como musculatura enrijecida, diferença de volume entre uma perna e outra, dor e mudanças de coloração na pele podem ser alguns dos sintomas da TVP. Diante da suspeita, é preciso realizar exames complementares e tratar o problema rapidamente e da forma mais adequada para evitar as complicações.
Tratamento
Uma das possibilidades de tratamento para a TVP são os anticoagulantes orais de ação direta (DOACs), que atuam diretamente sobre fatores de coagulação, evitando a progressão e o desprendimento do coágulo, bem como a formação de novos trombos. “Os DOACs são tão eficazes quanto os anticoagulantes tradicionais, mas oferecem maior segurança, pela redução de risco de sangramentos”, ressalta Arêas. “Além disso, esses anticoagulantes podem ser utilizados tanto na fase inicial quanto em tratamentos prolongados, com a comodidade da administração por via oral, proporcionando mais conforto ao paciente”, complementa o médico.
Primeiro anticoagulante com eficácia superior à da varfarina e mesma segurança do ácido acetilsalicílico na prevenção de AVC em pacientes com fibrilação atrial não valvar (um tipo de arritmia cardíaca), Eliquis (apixabana), da Pfizer, é um inibidor oral do fator Xa da coagulação. Aprovado em mais de 30 países, a apixabana também está indicada para o tratamento de TVP e EP, bem como para a prevenção dessas duas condições em pacientes que apresentam quadros recorrentes. Eliquis também pode ser ministrado para a prevenção de TEV em pacientes submetidos à artroplastia eletiva (cirurgia para colocação de prótese) de quadril ou de joelho.
Via...Notícias ao Minuto
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