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sábado, 28 de outubro de 2017

Ajuda no combate às chamas vem de todo o país e tem até lista de espera

São dezenas de carros parados em frente ao terreno da casa da quiroprata Serena Eluf, que desde o início das chamas, em 17 de outubro, tem reunido voluntários de diferentes cidades e Estados

© Ramilla Rodrigues/Fotos Públicas
Em meio a ruas de terra batida e quase desertas na pacata vila ao lado da entrada do centro de Alto Paraíso de Goiás (GO), é fácil para o forasteiro saber quando chegou à base de operações da Rede Contra o Fogo, organização que ajuda a combater as chamas na Chapada dos Veadeiros.

São dezenas de carros parados em frente ao terreno da casa da quiroprata Serena Eluf, que desde o início das chamas, em 17 de outubro, tem reunido voluntários de diferentes cidades e Estados que buscam ir à linha de frente ou ajudar na logística por trás do combate aos focos.
Foram tantas as ofertas de ajuda que os líderes da organização passaram a recusar voluntários por excesso de pessoas. "A gente fala: coloca seu nome aqui que, se a gente precisar de alguma coisa, te liga", diz a personal trainer Giselle Amorim Covati. A equipe começou há três anos como um grupo de WhatsApp de três amigas, quando o terreno de uma delas pegou fogo.
LANCHINHO
Na casa hoje há entre 30 e 40 voluntários, entre moradores e ajudantes vindos do Distrito Federal, outras regiões de Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Enquanto as tarefas divididas em setores são executadas, crianças filhas dos voluntários passeiam pelo terreno com duas casas. Numa delas são preparados os "kits lanche", entregues para os brigadistas que vão para o combate direto com o fogo. "Nós ajudamos a abastecer até o pessoal do ICMBio", diz a idealizadora da rede, Silvia Hennel.
Na quinta (26), por exemplo, diz que foram pedidos 200 kits para os brigadistas.
Cada um contém dois sanduíches, uma água, um doce (rapadura ou goiabada), uma bebida isotônica e uma maçã –única fruta possível, explica ela, porque é dura o suficiente para não amassar nas mochilas e seu sumo não queima os lábios machucados dos combatentes.
A organização, dizem, foi feita às pressas, à medida que o incêndio crescia e aumentava o efetivo de equipes no combate. Para financiar a ajuda, primeiro foram pedidas doações via rede social para contas de pessoas físicas."Mas o volume era muito grande e decidimos formalizar", afirma Amilton Sá.
Foi por isso que ele decidiu coordenar um "crowdfunding" no site Catarse. Criado na segunda (23), o pedido atingiu a meta de R$ 192,5 mil já na terça (24), com doações que, segundo ele, vieram inclusive de outros países.
Com o incêndio prestes a ser controlado, o grupo almeja manter parte da estrutura adquirida durante a crise: vai lançar outra campanha. A ideia é arrecadar recursos e capacitar seis equipes de brigadistas permanentes, além de investir em trabalhos de prevenção e educação ambiental. "Para que um desastre como esse não aconteça nunca mais", diz Sá. Com informações da Folhapress. 
Via...Notícias ao Minuto

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