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terça-feira, 28 de novembro de 2017

Aliado de deputados presos vai presidir Conselho de Ética da Alerj

André Lazaroni, também do PMDB, foi eleito em votação na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) nesta terça-feira

© Divulgação

Aliado dos três deputados presos por suspeita de corrupção, Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi (PMDB), o parlamentar André Lazaroni (também do PMDB) foi eleito em votação na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) nesta terça-feira, 28, novo presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa.

Foram cinco votos e uma abstenção. A comissão era presidida por Albertassi até ele ser preso. Lazaroni declarou depois de ser eleito que terá "muito trabalho pela frente" e que a condução do caso dos peemedebistas será feita "respeitando o direito a ampla defesa e à Constituição".

Os nove deputados da oposição que protocolaram representação pela perda de mandatos dos deputados presos, por quebra de decoro, já encaminharam o pedido para Lazaroni. Ele afirmou que o conselho irá começar a tratar da questão na reunião da próxima terça-feira, 5, mas ressalvou que o grupo "cometeu um erro": "O processo deveria ser direcionado primeiro à Mesa Diretora e não ao Conselho de Ética. Porém, o colegiado ainda vai resolver se vamos aceitar ou não o pedido."

Votaram a favor da indicação de Lazaroni: Iranildo Campos (PSD), Comte Bittencourt (PPS), Rosenverg Reis (PMDB), Marcos Muller (PHS) e o próprio deputado. Carlos Osório (PSDB) se absteve.
Lazaroni é secretário de Cultura do Estado do Rio desde fevereiro deste ano. Licenciou-se da pasta este mês para voltar à Alerj e votar com o governo pela indicação de Albertassi à vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, feita pelo governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e que foi barrada pela Justiça.
Na polêmica votação do dia 17 na Alerj que livrou Picciani, Albertassi e Melo da cadeia, Lazaroni chamou a atenção por citar equivocadamente o dramaturgo alemão Bertold Brecht - o deputado o confundiu com o personagem do humorístico "Escolinha do Professor Raimundo" Bertoldo Brecha quando discursava inflamadamente no plenário em favor dos aliados.
Os três foram soltos e, depois de quatro dias, encarcerados novamente, a mando do Tribunal Regional Federal da 2.ª Região (TRF-2). Eles teriam recebido propina de empresas de ônibus.
Via...Notícias ao Minuto

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