Donos de terras residentes em Rondônia ainda não foram localizados
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A Justiça do Amazonas decretou a prisão de dois homens suspeitos de envolvimento no desaparecimento de três posseiros envolvidos numa disputa agrária no município de Canutama, a 615 km a sudoeste de Manaus, em linha reta.
A pedido da Polícia Civil, foram expedidos na quinta feira (28) mandados de prisão temporária contra Antônio Mijoler Garcia Filho e Rinaldo da Silva Mota, residentes em Rondônia. Até a noite deste sábado (30), eles não haviam sido localizados.
Os posseiros Flávio Lima de Souza, 38, Marinalva Silva de Souza, 34, e Jairo Feitoza Pereira, 43, foram vistos pela última vez no dia 14 deste mês, na comunidade Araras, localizada às margens da BR-319, perto da divisa com Rondônia. Uma operação de busca com a participação do Exército, da PM e do Corpo de Bombeiros foi realizada na região do desaparecimento, sem êxito.
A polícia identificou os foragidos como fazendeiros. Segundo os posseiros, eles se apresentavam na região como representantes da empresa Master Holding, que disputa uma área com uma associação de posseiros independente -eles não são ligados ao MST, conforme inicialmente noticiado.
A associação, fundada em janeiro, conta com cerca de 200 famílias, que reivindicam uma área de 9.000 hectares. De acordo com os posseiros, as empresas Master e Rosiquepolo grilaram a fazenda, que seria terra pública da União. A reportagem não localizou seus representantes.
"Eles saíram para fazer os registros fotográficos na linha [estrada] 1 para enviar ao Incra e não voltaram", disse a professora Lucicleia de Souza, irmã de Flávio. "Após nove dias de busca, eles não acharam nada."Familiares e posseiros querem que as investigações sejam transferidas para Rondônia, já que a sede do município de Canutama está a cinco dias de barco da área em disputa.
Em 1º de dezembro, Flávio Souza, presidente da Associação dos Produtores Rurais do Comunidade da Região do Igarapé Araras, se reuniu em Porto Velho (RO) com a coordenadora da CPT em Rondônia Maria Petronila Neto para relatar ameaças.
Dias antes, em 21 de novembro, Marinalva de Souza registrou, na Polícia Civil de Humaitá (AM), um boletim de ocorrência contra Mota por supostamente ter ordenado a destruição de benfeitorias na estrada de acesso aos lotes. Com informações da Folhapress.
Via...Notícias ao Minuto
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