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segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Time's up: mulheres de Hollywood criam movimento contra assédio

Grupo foi incentivado por uma série de casos de abusos denunciados em 2017

© Reprodução/The New York Times
Um grupo formado por 300 mulheres entre atrizes, produtoras, diretoras e executivas do entretenimento de Hollywood anunciaram nesta segunda-feira (1º) um plano de ação contra assédio e abusos. Em um artigo publicado nos jornais 'The New York Times' e 'La Opinion', elas listaram medidas que o movimento, intitulado "Time's up", deve realizar a partir desta semana.

Além da luta pelos direitos das mulheres da indústria cinematográfica, o texto levanta a bandeira para a causa em todos os meios sociais. "Queremos levantar as vozes, o poder, e a força das mulheres da classe trabalhadora em indústrias de salários baixos, onde a falta de estabilidade as deixa vulneráveis a altas de taxas de violência baseada em gêneros e exploração".

Segundo o artigo, mulheres de outras indústrias também sofrem, mas não ganham o mesmo destaque nos noticiários. "Também reconhecemos nosso privilégio e o fato de que temos um enorme acesso à plataformas para amplificar nossas vozes. Motivos que fazer haver atenção para o problema de nossa indústria, mas que não privilegiam mulheres da indústria agrícola e de outros ambientes de trabalho", escreveu.
Entre as medidas está a promoção de um fundo de defesa jurídica, que já conta com US$ 13 milhões em doações, para ajudar mulheres menos privilegiadas que denunciam abusos e não podem arcar com as despesas legais; cobrança de legislação que penalize empresas que toleram assédio e silenciam vítimas; igualdade de gênero nas agências e estúdios de Hollywood; pedido para que todas as mulheres que passem pelo tapete vermelho na temporada de prêmios usem preto como forma de protesto; entre outras.
O "Time's up" foi assinado por atrizes como Reese Witherspoon, Eva Longoria, Viola Davis e Brie Larson, e por executivas da indústria como a escritora Shonda Rhimes, criadora de "Grey's Anatomy". Como explica o 'G1', o movimento não possui uma líder e é tocado com o suporte de movimentos sociais ja existentes.


Em 2017, diversos nomes de peso da indústria do cinema foram denunciadas por assédio sexual e abusos.
Via...Notícias ao Minuto

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