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terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Quarta Revolução Industrial aguarda sinal do 5G para aflorar

Tema tem protagonizado discussões no Mobile World Congress, principal feira do setor de telecomunicações, que acontece nesta semana em Barcelona

© Yves Herman/Reuters
É inegável o sentido de urgência em qualquer debate relacionado à chamada Quarta Revolução Industrial, mas as discussões eclipsam um fato: a tecnologia que vai acelerá-la ainda não chegou ao mercado. Trata-se do chamado 5G, capaz de conectar internet ultrarrápida a todo tipo de coisa.

Ainda que demonstrações pontuais tenham sido feitas -a última dela na Olimpíada de Inverno em PyeongChang, na Coréia do Sul, em fevereiro-, a previsão é que o processo comercial comece apenas no ano que vem. A definição técnica do padrão aconteceu apenas recentemente.
Além disso, a própria GSMA, a entidade que congrega as teles, prevê que sua expansão será mais lenta do que a do 4G, a tecnologia mais avançada atualmente, por falta de investimentos em rede e incertezas operacionais em vários países.
Tema do Fórum Mundial de Davos há dois anos, a Quarta Revolução Industrial tem protagonizado várias discussões no Mobile World Congress, principal feira do setor de telecomunicações, que ocorre nesta semana em Barcelona.
No evento, a melhor síntese sobre a revolução talvez tenha sido feita por Sue Siegel, principal executiva de inovação da GE. Ela elencou três pontos:
1 - a economia passa de um modelo centralizado para um distribuído. "Você recebia energia elétrica de uma central; agora pode instalar um painel solar."
2 - investimento (o capex, no jargão administrativo) perde força em relação a gasto operacional (o chamado opex). "Um exemplo é a Uber. Você compra a viagem, não o carro."
3 - aparelhos estáticos dão lugar aos conectados. "É dado sobre dado, para todo lado."
A primeira Revolução Industrial começou no século 18, impulsionada pela máquina a vapor. A segunda, na virada do século 19 para o 20, teve como símbolos a eletricidade e o telefone. A terceira, a partir do final do século 20, gravitou em torno do computador pessoal e da internet.
O ciclo que está a ponto de começar deverá se basear em inteligência artificial, internet das coisas, robôs, drones e sensores.
"Uma questão chave da Quarta Revolução é que ela acontece enquanto todas essas tecnologias estão surgindo e colidindo entre elas", afirma Mohamed Kande, vice-presidente da PwC.
Uma das consequências esperadas é que fiquem ainda mais borradas as fronteiras entre as indústrias -como as antes demarcadas entre empresas de tecnologia e as de mídia ou bancária.
De modo a demonstrar esse sentido de urgência dos novos tempos, o Mobile World Congress deste ano elencou como principal nome de sua programação o piloto Fernando Alonso, bicampeão mundial da F-1, justamente num debate sobre a Quarta Revolução, nesta terça (27).
Laboratórios históricos de tecnologias que acabam chegando ao dia-a-dia, os carros de F-1 conhecem há tempos um elemento que passará a ser central para a indústria: a comunicação maciça de dados da máquina para uma central distante.
"Alonso vive no 5G há 17 anos", brincou Zak Brown, diretor-executivo do Grupo McLaren, numa referência ao tempo de carreira do piloto na F-1.
Mas também aí está um exemplo de como no mundo real a coisa ainda não vai tão engrenada assim.
A conexão firme de veículos a outros aparelhos ainda está no estágio de ser exemplo de estande de feiras, como demonstra o caso levantado por Charles Myers, CEO da Airgain, empresa especializada no assunto.
"Vi aqui em Barcelona demonstrações de carro vai a uma garagem, troca de redes e a conectividade não muda", explicou ele.
Resolvida a conexão em escala da infraestrutura, da qual o 5G é o principal ator, ainda que não o único, haverá brutal explosão da produtividade, previu Siegel, da GE.
Pela previsão da GSMA, até 2025 a área coberta pelo 5G abrangerá 40% da população mundial. Com informações da Folhapress.
Via...Notícias ao Minuto

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