Segovia disse a interlocutores que só soube da notícia de sua queda por meio do noticiário
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O delegado da PF Fernando Segovia foi pego de surpresa com o anúncio de sua destituição do cargo de diretor-geral da Polícia Federal, anunciada nesta terça-feira (27) pelo novo ministro extraordinário de Segurança Pública, Raul Jungmann.
Segovia será substituído pelo delegado da PF Rogério Augusto Viana Galloro, que desde novembro ocupava cargo de secretário nacional de Justiça no Ministério da Justiça, conforme antecipado pela Folha de S.Paulo.
Segovia disse a interlocutores que só soube da notícia de sua queda por meio do noticiário. Ele afirmou que havia participado de uma longa reunião, de quase três horas, com Jungmann nesta tarde em uma sala no quarto andar do Ministério da Justiça, mas que sua saída da direção não havia sido cogitada pelo ministro.
A reunião, no entender de Segovia, era somente um panorama administrativo sobre as diversas funções que a PF desempenha. Ele também disse aos interlocutores que a conversa foi normal e não houve divergência com Jungmann.
A reportagem apurou que a saída de Segovia foi acertada na última segunda (26) em conversa entre o presidente Michel Temer e Raul Jungmann, que ainda não tinha sido anunciado para o cargo de ministro extraordinário.
Temer planejava mudar o comando da PF desde o início do mês, após Segovia ter comentado, em entrevista à agência Reuters, sobre inquérito em andamento que investiga o presidente, mas buscava um outro motivo para não causar constrangimento ao agora ex-diretor-geral.
Com a transferência da corporação policial para o novo ministério, o argumento do Planalto é de que é natural que Jungmann queira montar a sua própria equipe e fazer as trocas que julgar necessárias para a nova gestão.
A avaliação do presidente foi de que Segovia acabou criando divisões internas na PF e causou uma saia-justa inclusive junto ao STF (Supremo Tribunal Federal), que pediu a ele que se abstivesse de comentar o inquérito dos portos.
A escolha de Galloro teve como objetivo prestigiar o ministro da Justiça, Torquato Jardim, defensor de seu nome, e evitar passar a mensagem de que Jungmann o atravessou, retirando um delegado-geral que foi nomeado pelo ministro.
Número dois da gestão do ex-diretor Leandro Daiello, Galloro era o nome apoiado pelo atual ministro da Justiça, Torquato Jardim, por Daiello e pelo Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen.
Segundo o currículo do delegado distribuído à imprensa nesta terça-feira pelo novo ministério da Segurança Pública, Galloro é bacharel em direito desde 1992 e entrou na PF como delegado em 1995.
Atuou nas áreas de repressão a drogas, crimes fazendários e inteligência policial. Foi chefe da delegacia da PF em Presidente Prudente (SP), superintendente regional do órgão em Goiás, diretor de administração e logística policial e diretor executivo da PF, em Brasília, funcionando como diretor geral substituto. Em setembro passado foi eleito membro do comitê executivo da Interpol como representante das Américas. Com informações da Folhapress.
Via...Notícias ao Minuto
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