Caso aconteceu em lanchonete de Moema, em região nobre de São Paulo
© Reuters |
Um cliente da rede de fast-food Burger King foi chamado de 'macaco' no pedido feito em uma lanchonete em Moema, bairro nobre de São Paulo. O caso aconteceu na madrugada do último sábado (24). O boletim de ocorrência foi registrado pela vítima nessa segunda-feira (26).
O estudante universitário David Reginaldo de Paula Silva, de 24 anos, contou ao G1 como tudo aconteceu: “Meu aniversário foi dia 19. Saí na sexta para comemorar, e na volta fui com uma amiga diplomata à lanchonete para comer algo. Vi no balcão um cupom de desconto. Fiz um pedido normal. O atendente perguntou meu CPF, nome e anotou. E esperei chamar minha senha. Foi quando vi ao lado da senha o nome ‘macaco’ e fiquei assustado.”
Ainda segundo o jovem, três atendentes riram, incluindo o que escreveu 'macaco'. David conta que pegou o pedido e o comprovante e foi embora.
"Liguei para o meu pai e ele falou para guardar o papel. Não fiz escândalo, não questionei o atendente e também não peguei sua identificação. Cheguei a comer dois pedaços e perdi o apetite. Depois fui para a casa”, disse o estudante.
David fez um desabafo no Facebook: "O preconceito racial é uma 'doença' que deve ser eliminada da sociedade brasileira. É inadmissível que em pleno século XXI, em 2018, ainda possa acontecer esse tipo de atitude racista".
Ao site, ele disse que "já havia sofrido racismo antes, mas nunca assim tão direto" e espera que a repercussão do caso sirva como alerta para atos racistas.
O advogado de David revelou que pretende acionar o Burger King na esfera cível, para que a rede de lanchonete indenize a vítima por dano moral, por conta atitude preconceituosa e racista de seu empregado.
O Burger King disse que vai apurar o caso e afirmou que repudia discriminação. “O Burger King informa que tomou conhecimento do caso relatado na unidade localizada na loja da Avenida Santo Amaro, em São Paulo, e está apurando o ocorrido para que as medidas necessárias sejam tomadas. A companhia reitera que repudia todo e qualquer ato discriminatório", conta no comunicado da empresa.
A Polícia Civil vai investigar o caso como injúria racial, identificar e punir o funcionário da loja que escreveu a ofensa no cupom fiscal.
Via...Notícias ao Minuto
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