Na quarta (11), STJ livrou o tucano dos procuradores da Lava Jato
© Rodolfo Buhrer &/ Reuters |
A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, criticou na noite dessa quinta-feira (12) o envio para a Justiça Eleitoral de investigação contra o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Na quarta (11), o STJ (Superior Tribunal de Justiça) livrou o tucano dos procuradores da Lava Jato, argumentando que só havia elementos para apurar caixa dois eleitoral, e não corrupção passiva.
"O tratamento é com dois pesos e duas medidas. Não é uma Justiça isenta, é uma Justiça que está protegendo o PSDB", disse a senadora a militantes do acampamento pró-Lula, estabelecido em frente à sede da Polícia Federal em Curitiba (PR), onde o ex-presidente está preso.
Delatores da Odebrecht relataram que repassaram cerca de R$ 10,7 milhões não declarados para as campanhas de Alckmin. Gleisi afirmou que considera o envio do caso à Justiça Eleitoral um absurdo. "Isso é uma coisa absurda! Vários companheiros nossos são acusados por esses delatores de ter ganhado dinheiro em campanha, inclusive eu, e está lá no Supremo, como se nós tivéssemos feito corrupção."
Em agosto do ano passado, a Polícia Federal concluiu que Gleisi cometeu crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em campanha eleitoral para o Senado em 2014. O inquérito tramita no STF (Supremo Tribunal Federal). Ela também é ré em outro processo na corte, acusada de receber R$ 1 milhão de corrupção na Petrobras para sua campanha em 2010.
SOLITÁRIA
Em seu discurso, Gleisi voltou a defender a inocência de Lula e disse que a militância continuará com o ex-presidente em qualquer lugar. Ela afirmou que as instalações da PF são razoáveis, mas que o petista está praticamente em um regime de solitária, por ficar "incomunicável".
A senadora agradeceu a solidariedade de alguns moradores da região e fez um "mea-culpa" com vizinhos insatisfeitos com o acampamento, que começou a ser montado no sábado (7), quando Lula se entregou.
"Obviamente ter um acampamento na frente da sua casa não é a melhor coisa do mundo. Eu não acharia nada agradável, mas a gente não está aqui porque a gente quer. Para onde levarem o Lula, nós estaremos." Mais cedo, Gleisi caminhou entre as barracas e tirou fotos com apoiadores.
Ela também afirmou que na próxima terça-feira (17) será lançada uma frente contra a prisão de Lula, formada por PT, PCdoB, PSOL, PDT e PSB. "Será que esses partidos se uniriam para fazer uma frente se Lula fosse bandido?"
Por fim, Gleisi lembrou aos militantes que o ex-presidente pediu que a luta continuasse após a sua prisão. "Ele pediu que a gente fosse ele aqui fora, e nós somos ele", disse, acompanhada por gritos de "Eu sou Lula!". Com informações da Folhapress.
Via...Notícias ao Minuto
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