Apesar da acelerada ao longo do pregão, a moeda fechou em baixa de 0,53%
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Em dia volátil, o dólar alcançou ao longo desta quarta-feira (29) a marca dos R$ 4,166, recorde desde o Plano Real, em 1994, atingido pelo câmbio em janeiro de 2016. Apesar da acelerada ao longo do pregão, a moeda fechou em baixa de 0,53%, para R$ 4,119, apesar do fortalecimento do dólar no exterior.
"Por aqui, foi mais um movimento de realização do mercado", diz Mauriciano Cavalcante, gerente de câmbio da Ourominas. Lá fora, o dólar avançou sobre 24 das 31 principais divisas do mundo após a divulgação de números do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA no segundo trimestre confirmarem o crescimento forte do país.
A economia americana cresceu 4,2% de abril a junho, ante 4,1% estimados inicialmente. O resultado impacta sobretudo países emergentes. O peso argentino perdeu 2,29% em relação ao dólar, enquanto a lira turca recuou 2,2% e o rand sul-africano, 1,4%.
"O Brasil até começou a acompanhar esse movimento, mas o Banco Central deu uma sinalização na véspera de que estava de olho. E, sem uma grande notícia no cenário interno, que vem sendo o grande motivador do câmbio nos últimos tempos, o mercado se mostrou meio sem rumo", diz Fernanda Consorte, estrategista de câmbio do Banco Ourinvest.
O Banco Central anunciou na noite de terça-feira (28) que fará leilões de venda de dólares com compromisso de recompra na próxima sexta-feira, para rolar os R$ 2,150 bilhões que vencem no próximo dia 5 de setembro.
"O leilão venceria no final da semana e o BC fez a rolagem, garantindo a mesma liquidez no sistema. Claro que, ao fazer isso, o mercado pressupõe que a autoridade está atenta e pode entrar se necessário, algo aguardado pelos investidores, mas não há grande novidade nesse movimento de rolagem do Banco Central", diz Consorte.
A Bolsas globais tiveram um dia positivo e de menor aversão a risco no exterior após o Canadá sinalizar que pode chegar a um acordo comercial com EUA e México. O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas da Bolsa brasileira, avançou 1,18%, a 78.388 pontos, impulsionado pela Petrobras.
Nesta quarta, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, disse que pode ser possível chegar a um acordo sobre o Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte) antes do prazo de sexta-feira anunciado pelo presidente americano, Donald Trump.
"Nós reconhecemos que existe a possibilidade de chegar lá até sexta-feira, mas é apenas uma possibilidade, porque dependerá se há ou não um bom acordo para o Canadá", disse. "Nenhum acordo é melhor que um acordo ruim do Nafta". Com informações da Folhapress.
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