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quarta-feira, 29 de agosto de 2018

K-pop desperta sonho nos brasileiros de estudar na Coreia do Sul

Esse fenômeno musical se intensificou em 2012, quando a música coreana ficou mundialmente conhecida com o sucesso do cantor Psy

© Getty Images
O k-pop, o korean pop, é um estilo musical sul-coreano que tem despertado o interesse de jovens brasileiros pela Coreia do Sul e, assim, alimentado o sonho de estudar no país asiático, conhecido pela excelência na educação, com todas as despesas pagas pelo governo de lá.
Esse fenômeno musical se intensificou em 2012, quando a música coreana ficou mundialmente conhecida com o sucesso do cantor Psy, "Gangnam Style", primeiro vídeo a ultrapassar 2 bilhões de visualizações no YouTube.
Um feito recente, e também surpreendente, foi o feito da banda sul-coreana BTS, que bateu recorde de visualizações no YouTube no período de 24 horas. O vídeo da música "Idol" foi visto 45 milhões de vezes em um dia, segundo dados da empresa. O clipe foi lançado na última sexta-feira (24). O recorde anterior era da faixa "Look What You Made Me Do", da cantora Taylor Swift, que tinha acumulado 43,2 milhões de visualizações em 24 horas.
Em 2009, muito antes desse sucesso estrondoso, a estudante de moda Carolina de Siqueira Silveira, hoje com 22 anos, conheceu a cultura coreana por meio do k-pop. Ela conta que começou sua paixão pelo país por conta da música, passando a ver novelas e séries coreanas (k-drama), o que despertou ainda mais seu interesse.
Ela, que não tem parentes na Coreia, passou a estudar a língua coreana porque deseja fazer curso no exterior. "Na Coreia oferecem bolsas específicas para estrangeiros com tudo pago. Pretendo fazer mestrado em moda".
O governo da República da Coreia, por meio da Embaixada em Brasília, disponibiliza bolsas a brasileiros duas vezes ao ano. No fim de agosto, será publicado o edital para quatro vagas de graduação. Elas incluem tudo: além do curso, a passagem, a moradia e verba de U$ 900 (R$ 3.700) ao mês. Em fevereiro, é a vez dos interessados em pós-graduação.
A bolsa é de cinco anos. No primeiro para estudar a língua, e os demais para a especialização escolhida.Em 2008, a hoje empresária Briza Alves de Freitas, 34, ganhou um mestrado em negócios internacionais. 
"Estudava a língua por sete horas. Não é mole, mas vale a pena. O mestrado foi um divisor de águas que me abriu muitas portas em empresas. Meu valor de mercado aumentou muito", conta a ex-aluna, que trabalhou em empresas coreanas no Brasil. "Foi uma honra ter essa experiência. Me ensinou a ser mais tolerante com a cultura diferente da minha."
EMPATIA PELA CULTURA DIFERENTE
O desejo de trabalhar em uma editora de quadrinhos fez com que a cantora cearense Gabriela Santana, 32, fizesse sua inscrição para tentar uma bolsa de estudos na Coreia do Sul. A paixão por filmes coreanos impulsionou Gabriela e um grupo de amigos a contratar um professor que veio da Coreia para dar aulas particulares. "Não havia nenhum curso relacionado à cultura coreana aqui no Nordeste. Nem mesmo dicionário coreano tínhamos. Então fizemos uma vaquinha, pagamos a passagem desse professor, que ficou conosco por seis meses", conta.
Um ano depois, Gabriela finalmente conquistou sua bolsa para fazer um mestrado em mídia. As aulas básicas a ajudaram a se adaptar melhor na Coreia do Sul.
"A principal lição que aprendi nesses cinco anos foi a empatia por culturas diferentes. Os coreanos são um povo discreto e disciplinado, mas muito curioso com os estrangeiros. Eles não são frios e ficam lisonjeados com nosso interesse."
CURSOS GRATUITOS
O Centro Cultural Coreano no Brasil, na Santa Cecília (região central de São Paulo), oferece cursos de língua coreana, taekwondo, k-pop dance e culinária coreana, todos gratuitos. Para participar, basta ser frequentador do espaço. A nacionalidade é indiferente.
Cada curso tem o seu próprio prazo, segundo o centro. O de coreano é semestral. Os de k-pop dance e de culinária coreana têm um modulo mensal, e o taekwondo não tem um prazo. As inscrições dos cursos são divulgadas pelo site e Facebook do Centro Cultural Coreano no Brasil. A carteirinha de usuário é emitida na biblioteca com documentos por R$ 25 (valor anual).
Nos dias 15 e 16 de setembro, o centro participará do "Brasil Hallyu Expo 2018", no pavilhão amarelo do Expo Center Norte (zona norte), maior evento sobre a cultura coreana da América Latina, com apresentação do grupo Imfact, músicas, danças, workshop, exposições, comidas coreanas e mais. Com informações da Folhapress.
Via...Notícias ao Minuto

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