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"Usam uma crise humanitária para justificar as sanções contra a Venezuela. Fabricaram uma crise migratória. Que caia sobre seu próprio peso", afirmou durante seu discurso, que durou 50 minutos e foi interrompido por aplausos dos participantes em pelo menos quatro ocasiões.
"[Os Estados Unidos] fabricaram uma crise migratória para justificar uma intervenção humanitária, no mesmo esquema das armas de destruição em massa do Iraque, um esquema brutal de guerra psicológica", acusou o ditador venezuelano.
Segundo ele, o objetivo também é desviar a atenção da "verdadeira crise", entre os países do Sul, "o muro de divisões entre nosso povo".
Assim como tirar o foco da política migratória conduzida pelo governo americano e que se caracterizou, entre abril e junho, pela separação de pais e filhos flagrados tentando entrar nos EUA pela fronteira com o México.
Mais cedo, o presidente americano, Donald Trump, afirmou que "todas as opções" estavam sobre a mesa na Venezuela.
"Todas as opções estão na mesa, todas. As fortes e as menos fortes", disse Trump à margem da Assembleia-Geral da ONU.
"E vocês sabem o que quero dizer com forte", completou, em uma alusão a uma possível intervenção militar americana.
Ao final do discurso, Maduro se comparou ao ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, que chegou a ser considerado terrorista pelo governo americano pela atuação de seu partido, o Congresso Nacional Africano, e incluído na lista de sanções econômicas. "Não lhes parece familiar?", disse. Com informações da Folhapress.
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