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O custo maior com o acionamento dessas usinas é repassado ao consumidor. Além das bandeiras tarifárias (adicionais na conta de luz que variam mês a mês), esses gastos são levados em conta nos reajustes tarifários anuais das distribuidoras -que, neste ano, chegaram a taxas de dois dígitos.
O acionamento é controlado pela ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), que dá preferência às usinas mais baratas e tem um limite de quantas térmicas podem ser ligadas, o que evita uma alta ainda maior ao consumidor. Em geral, o órgão só aciona as usinas com preços abaixo do custo médio da operação -espécie de "preço de corte", em que só as usinas mais baratas podem ser ligadas. Porém, esse "preço de corte" teve uma queda forte no último mês, e muitas usinas que estavam em funcionamento teriam que ser desligadas. O valor caiu de R$ 766,28 por MWh (megawatt-hora) para R$ 472,16 por MWh nas regiões Sudeste, Centro-Oeste, Sul e Nordeste. O temor da ONS é que, com o desligamento, a situação das bacias hídricas poderia se agravar ainda mais.
Em nota sobre o tema, o Ministério de Minas e Energia também pediu que os consumidores economizassem energia. "O recurso energético de menor preço, proveniente das hidrelétricas, está escasso e para manter o nível de segurança do suprimento de energia é necessário acionar o parque termelétrico, que tem custos mais elevados. Este é, portanto, um alerta para que o consumidor faça uma gestão mais eficiente do seu consumo de energia", diz a nota.
Uma nova reunião sobre o tema será realizada nesta quarta-feira (5). A discussão ocorre em um momento de forte pressão sobre a conta de luz dos consumidores. Também nesta sexta (31) foi mantida, durante o mês de setembro, a bandeira tarifária vermelha (patamar 2), que representa um custo adicional de R$ 5 a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos. Com informações da Folhapress.
Via...Notícias ao Minuto
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