Entre as baixas figuram igualmente 5.233 combatentes do grupo extremista Estado Islâmico (EI) e 4.875 elementos de diversos grupos rebeldes
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Mais de 18 mil pessoas, incluindo quase oito mil civis, morreram Em bombardeios realizados na Síria pelas forças militares da Rússia, país aliado de Damasco, desde setembro de 2015, divulgou neste domingo (30) o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
De acordo com o diretor da organização não-governamental (ONG) com sede em Londres, Rami Abdel Rahmane, "18.096 pessoas morreram em ataques aéreos russos na Síria entre setembro de 2015 e setembro de 2018, incluindo 7.988 civis, ou seja, 44% do balanço total".
Entre as baixas figuram igualmente 5.233 combatentes do grupo extremista Estado Islâmico (EI) e 4.875 elementos de diversos grupos rebeldes, islamitas e 'jihadistas', segundo o observatório, que dispõe de uma vasta rede de fontes na Síria, país em guerra desde 2011.
Moscou assinalou hoje os três anos da intervenção na Síria e também forneceu números, mas estes diferem dos apresentados pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
Segundo a comissão de Defesa do Conselho da Federação (câmara alta do Parlamento russo), a força aérea russa matou 85.000 "terroristas" na Síria desde 2015.
"Todos os ataques da força aérea visaram e visam ainda com precisão os alvos terroristas. Em três anos, milhares de alvos terroristas foram destruídos (armazéns de munições, zonas fortificadas e pontos de comando)", indicou o presidente da comissão de Defesa, Viktor Bondarev, citado pela agência Interfax.
"Cerca de 100 mil terroristas foram mortos, dos quais cerca de 85 mil foram mortos pela força aérea russa", acrescentou.
Ao nível das baixas russas, Moscou reconheceu que 112 efetivos do exército russo morreram em três anos de intervenção militar na Síria.
Forte aliada do regime de Damasco, a Rússia intervém na Síria desde 30 de setembro de 2015 e sempre negou ter alvos civis.
Num relatório hoje divulgado, os Capacetes Brancos -- grupo de voluntários que opera em zonas rebeldes e que já salvou milhares de vidas na Síria -- afirmaram ter entrado em edifícios utilizados por civis que tinham sido atingidos pelas forças russas.
Segundo o balanço feito pelos Capacetes Brancos, pelo menos 19 escolas, 12 mercados públicos e 20 instituições médicas foram bombardeados com o apoio das forças de Moscou.
"A Rússia tem demonstrado o seu desprezo pelas áreas de (...) cessar-fogo, continuando com os ataques aéreos contra espaços civis", acusou a força civil de socorristas sírios.
Mais de 360.000 pessoas morreram e milhões foram obrigadas a deixar as suas casas desde o início da guerra civil da Síria em 2011. Com informações da Lusa.
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