Controle, planejamento e foco fazem toda a diferença
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Afinal, ninguém é de ferro e empreender vai resultar em pressão, preocupações e riscos. Essa parte não tem como se esquivar, porém é possível ter ciência desses desafios e investir em preparo não só financeiro e técnico, mas principalmente emocional. O consultor de negócios, Adriano Nodari, aponta alguns desafios e inseguranças entre os empreendedores e dá dicas importantes para superar essas situações adversas. Veja a seguir.
Instabilidade financeira
Vale a pena abandonar a estabilidade de um emprego fixo para apostar no próprio negócio? Essa é uma dúvida que atormenta empresários iniciantes segundo o consultor. “Muitas vezes não é viável abrir mão do emprego fixo, a dica é tentar conciliar ambas as tarefas no inicio. O mais importante é investir em conhecimento como gestão e planejamento do próprio negócio para que a segurança venha a partir desses pilares”, argumenta Nodari.
Após o preparo e conhecimento adquirido sobre o negócio e todos os pilares necessários você vai se sentir mais seguro para apostar nas suas ideias e sonhos.
Despreparo gera insegurança
Como pensa as pessoas seguras e de onde surge esse comportamento? Não existe na verdade nenhum segredo, a segurança ela é gerada através do preparo e dedicação aos propósitos do negócio.
Segundo Nodari, quanto mais conhecimento sobre o setor que pretende investir, noção sobre planejamento estratégico, gestão de pessoas e setores essenciais para um negócio de sucesso, maior será o alicerce para as tomadas de decisões.
“O que muitas vezes ocorre é que no embalo de ter o próprio negócio a ansiedade prejudica boas ideias. O erro é pular etapas e preparos que serão essenciais para o seu negócio se estruturar no mercado”, orienta.
Lembrando que não basta abrir o negócio, mas manter as portas abertas. O país passa por um período econômico bastante delicado. De acordo com o IBGE entre os anos de 2013 e 2016 341, 6 mil empresas fecharam.
Por outro lado, empresas voltadas para a área da educação e saúde tiveram aumento de 42,3 mil negócios em 2013 a 2014. “A mudança de perspectiva e interesse da população também mudou, o comércio e a indústria teve queda, porém a educação teve aumento porque no cenário atual é vista como prioridade”.
Renda incerta
Ter o próprio negócio vai exigir muita flexibilidade, pois nem sempre é sinônimo de altos salários podendo até mesmo ser inferior ao que costumava ganhar no seu trabalho fixo.
De acordo com a pesquisa realizada pela Endeavor em parceria com o Ibope Inteligência com 3 mil pessoas como empresários já experientes, potenciais empreendedores e empregados 30% dos participantes apontaram a incerteza financeira a principal causa dainsegurança.
Nodari argumenta que de fato é viável permanecer com os “pés no chão”, sobretudo nos primeiros anos do negócio. “Estudar o mercado e fazer um planejamento estratégico é imprescindível. Esse passo a passo é muitas vezes ignorado, pois infelizmente o brasileiro ainda acredita que para empreender basta ter o dinheiro e uma ideia”, alerta.
O consultor ressalta que o modelo de gestão e empreendedorismo está se transformando ano após ano e rapidamente. Como exemplo as empresas exponenciais e startups. “Pesquise todos esses mercados, esteja por dentro de novos formatos de trabalho e procure inserir o seu negócio nesse cenário”, orienta.
E se tudo der errado?
O medo de fracassar é outra insegurança entre os empreendedores iniciantes. Pensar positivo vai resolver? Também! Mas como em todos os desafios ser estratégico pode ajudar ainda mais.
É impossível não fugir de certos compromissos quando se quer investir no próprio negócio. O consultor explica que culturalmente o brasileiro costuma “elitizar” o empreendedorismo, mas a gestão está presente em nossas vidas cotidianas. Vão ocorrer mudanças de cenário, jamais de compromissos, riscos e até perdas.
“Não se decide da noite para o dia abandonar o emprego fixo e ter o próprio negócio justificando que é mais interessante, rentável ou porque não aguenta mais ser subordinado. O empresário como em qualquer outra profissão precisa do tino empreendedor e não despreza o conhecimento”, ressalta.
O gestor de negócios afirma que muitas vezes as falhas vão ocorrer, como em qualquer experiência para que o aprimoramento exista. “Se atuar com racionalidade logo percebe que tudo na vida é um investimento, é uma aposta e nada e situação nenhuma nos trará um retorno garantido porque queremos, mas como vamos gerir a situação faz toda a diferença”, esclarece.
Imaturidade emocional reflete nos negócios
Esteja preparado para aguentar pressão, trabalhar até 10X mais e depender da sua equipe. Ninguém empreende sozinho. É comum pessoas caírem na ilusão de que ter o próprio negócio é o modelo perfeito para quem gosta de estar à frente de tudo, arrojado e autoritário. Não acredite nisso!
Pessoas que ainda pensam assim podem se decepcionar, garante o consultor. “Empreender é SABER trabalhar em equipe. O empresário que não tiver espírito de liderança vai precisar desenvolver urgente essa habilidade”, afirma.
“É preciso rever certos comportamentos, ter disciplina e saber lidar com competências diferentes das suas. Se você é um funcionário difícil, que só enxerga o próprio ponto de vista, e muitas vezes imaturo (independente da idade) terá como barreira o seu desequilíbrio nas relações”, salienta.
Bom, já vimos que o capital é mais uma ferramenta que vai facilitar a abertura do seu negócio, porém a permanência no mercado vai depender da sua postura, compromisso e maturidade para que o seu sonho decole.
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