O objetivo é deter as caravanas de migrantes que atravessam o México e tentam chegar aos Estados Unidos
© Ueslei Marcelino/Reuters |
O número representaria um aumento em relação à estimativa inicial de enviar 800 soldados do Exército e equivaleria a um terço dos agentes aduaneiros que atuam hoje na fronteira com o país latino-americano.
O objetivo é deter as caravanas de migrantes que atravessam o México e tentam chegar aos Estados Unidos.
No domingo (28), um terceiro grupo com mais de 300 salvadorenhos se reuniu e deixou a capital de El Salvador. Um segundo grupo se movimenta pela Guatemala e chegou a reunir mais de mil pessoas, antes de se fragmentar. Um grupo maior, estimado em 7.000 mil pessoas, deixou Honduras no dia 13 de outubro e agora está no sul do México.
No sábado (27), esses migrantes rejeitaram uma proposta do presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, que oferecia abrigo, cuidados médicos, educação e empregos aos centro-americanos nos estados de Chiapas e Oaxaca se eles se candidatassem.
Trump tem manifestado fortes críticas e feito ameaças aos integrantes da marcha. No último dia 25, o presidente escreveu, em uma rede social: "Àqueles na Caravana, deem a volta, nós não vamos deixar pessoas entrarem nos EUA ilegalmente. Voltem a seu país e, se vocês quiserem, peçam cidadania como milhões de outros estão fazendo!"
Também na semana passada, afirmou que havia "criminosos" infiltrados na caravana e pessoas do Oriente Médio, acusação que repetiu na terça.
O presidente já ameaçou cortar a ajuda à América Central e fechar a fronteira com o México. Segundo o jornal The Washington Post, ele também avalia proibir imigração e refúgio para centro-americanos, a exemplo do que foi feito no ano passado com países de maioria islâmica.
Não é a primeira vez que Trump ameaça usar forças militares para impedir a entrada de imigrantes nos EUA. Em abril, quando outra caravana de migrantes atravessava o México em direção ao país, o republicano defendeu que tropas americanas detivessem o fluxo, sugerindo que fizessem o que autoridades migratórias não conseguiam.
Mas, após discutir o tema com o secretário de Defesa, Jim Mattis, e outras autoridades, solicitou apenas que guardas nacionais fossem mobilizados para atuar em funções de apoio. Com informações da Folhapress.
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