Parte das aulas foi suspensa nesta segunda-feira (29)
© Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil |
Em nota, a instituição diz que monitora publicações em redes sociais sobre possíveis transtornos à rotina da universidade e que comunicou o Ministério da Educação. Informa ainda que pediu apoio da Secretaria de Segurança Pública do DF e da Polícia Federal, "que podem ser acionadas em caso de necessidade".
Em outra frente, a universidade informa que pediu à Advocacia-Geral da União que proponha, junto ao Poder Judiciário, medida cautelar preventiva "com vistas a garantir a segurança da comunidade da UnB".
A medida ocorre após manifestantes que comemoravam neste domingo (28) a eleição de Bolsonaro anunciarem ato na universidade às 17h, afirmando que "a universidade não é lugar de comunista".
Diante do temor de riscos à segurança, alguns professores decidiram cancelar aulas previstas para esta segunda. De acordo com alunos, foram canceladas parte das aulas de psicologia e ciência política, entre outros cursos. A UnB diz que os cancelamentos são pontuais.
No fim de semana, foram registradas pichações e adesivagens de cunho político-eleitoral no ICC, um dos prédios da universidade. Cartazes de uma exposição intitulada "Se essa rua fosse mina", feita por estudantes do curso de graduação em museologia, também foram destruídos.
Ainda em nota, a administração diz que recolheu os adesivos, limpou as pichações e está fazendo um levantamento das imagens de câmera de segurança.
"A UnB repudia atos de vandalismo e reitera seu compromisso com a paz e com os valores do Estado democrático de direito, que incluem a liberdade de cátedra e de opinião, com respeito ao próximo e aos direitos humanos. A universidade continuará com suas atividades acadêmicas e administrativas, em atenção ao cumprimento de sua missão institucional: o ensino, a pesquisa e a extensão", completa a instituição.
Na última semana, universidades públicas de diferentes locais do país foram alvo de ações determinadas por tribunais eleitorais com a alegação de combater propaganda eleitoral irregular. No Rio de Janeiro, por exemplo, a Justiça Eleitoral ordenou que a Faculdade de Direito da UFF (Universidade Federal Fluminense) retirasse da fachada uma bandeira em que aparece a mensagem "Direito UFF Antifascista". A medida gerou reação de entidades e de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Com informações da Folhapress.
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