"Eu acho que é bom porque nós vamos capitalizar o sentimento anti que existe no Brasil", afirmou o general Hamilton Mourão
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Ao desembarcar em Brasília, o general Hamilton Mourão, vice de Jair Bolsonaro (PSL), disse que o cenário mais provável é de um segundo turno contra o candidato do PT, Fernando Haddad.
"Na minha visão não tem mais fuga de que se o Boslonaro não vencer no primeiro turno, o segundo turno será disputado contra o Haddad", afirmou.
Questionado sobre se esse seria um bom cenário, Mourão afirmou que sim e disse que acha que o petista seria o adversário mais fácil para ser derrotado em disputa no segundo turno.
"Eu acho que é bom porque nós vamos capitalizar o sentimento anti que existe no Brasil que não quer a volta desse grupo à Presidência da República."
Mourão disse ter vindo à capital para ver a família e que permanecerá em silêncio na reta final da campanha. Ele disse que vai se manter 'low profile', quietinho e que não vai aparecer.
Sobre seu papel no segundo turno, disse que vai aguardar decisões de Bolsonaro. "Depende das missões que ele me der. Eu farei o que ele disser", disse.
Declarações recentes do vice, como críticas ao 13º salário, afirmações sobre mulheres e sugestão de uma Constituinte sem o Congresso, incomodaram a campanha. A orientação foi de que Mourão deveria diminuir o tom e se manter discreto.
O general da reserva explicou que não deve ir a debate de vices, e sua agenda ficará restrita a atos de apoio à campanha de Levy Fidelix, presidente de seu partido, o PRTB, e candidato a deputado federal.
Mourão minimizou declarações recentes de Bolsonaro sobre a possibilidade de fraudes nas urnas. O candidato do PSL disse que suspeitaria de qualquer resultado das eleições que não fosse sua vitória.
"Ele já voltou atrás, aquilo foi no calor da disputa. Derrotou, perdeu, perdeu. Na minha visão é o seguinte, se o Brasil voltar a eleger o PT nós vamos voltar a ter incompetência, má gestão e corrupção. Será muito ruim para o país."
Mourão fez ainda críticas ao ex-ministro petista José Dirceu que, em entrevista ao jornal El País na última semana, falou em "tomar o poder". O petista, que já foi condenado na Operação Lava Jato, criticou ainda as ações do Ministério Público, defendendo tirar do órgão o poder de investigação.
"Não são as Forças Armadas que estão falando que querem tomar o poder. Isso é o José Dirceu que anda falando por aí. Falando aí que quer acabar com o Ministério Público. Imagina se eu falasse um negócio desses? E ninguém comenta."
Mourão esteve no domingo (30) com Bolsonaro, no Rio de Janeiro, e afirmou que o presidenciável está bem, mas precisa manter repouso para se recuperar.
Ele defendeu que o cabeça de chapa não vá ao debate entre os candidatos a presidente na quinta (4), na Rede Globo, para seguir recomendação médica. Contudo, disse que o deputado reformado tem vontade de ir ao encontro. Com informações da Folhapress.
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