Diplomata é diretor do departamento responsável por relações com os EUA no Itamaraty
© Ueslei Marcelino / Reuters |
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, anunciou que o embaixador Ernesto Araújo será seu ministro das Relações Exteriores.
“A política externa brasileira deve ser parte do momento de regeneração que o Brasil vive hoje. Informo a todos a indicação do Embaixador Ernesto Araújo, diplomata há 29 anos e um brilhante intelectual, ao cargo de Ministro das Relações Exteriores”, escreveu Bolsonaro em uma rede social.
Araújo é diretor do Departamento dos Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos.
A escolha de um chanceler era vista como prioridade da semana para a equipe de transição.
Bolsonaro já coleciona algumas polêmicas em Relações Exteriores. A primeira delas se deu após ter anunciado que transferiria a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém.
A promessa de campanha acabou sendo revista pelo presidente eleito, que disse semana passada que isso ainda não está definido.
Porém, a intenção de fazer o mesmo que o governo dos EUA de Donald Trump já trouxe impacto negativo para o Brasil. A comunidade árabe, com quem o país tem estreita relação comercial, especialmente na exportação de carnes, mostrou preocupação.
A viagem de uma comitiva brasileira ao Egito foi cancelada de última hora. No meio diplomático, isso foi visto como retaliação às declarações de Bolsonaro.
O presidente eleito também teve de rever declarações que fez sobre a China, um dos principais parceiros comerciais do Brasil. Ele vinha dizendo que os chineses queriam comprar todo o território brasileiro e ameaçou interromper os negócios com o país asiático.
Depois de encontro com embaixador chinês, ele deu entrevistas dizendo que manteria os negócios, mas sem viés ideológico.
Houve ainda um impasse com a Noruega depois que seu futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que o país escandinavo tinha muito a aprender com o Brasil sobre preservação.
A Noruega é o principal financiador internacional para a preservação da floresta amazônica. As declarações do aliado de Bolsonaro levaram à reação do embaixador norueguês no Brasil que, pelo Twitter.
Nils Martin Gunneng disse ter orgulho da parceria com o Brasil, que dura dez anos. Com informações da Folhapress.
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