O planeta extrassolar é gelado e tem pouca luz, sendo, por isso, hostil para a vida tal como é conhecida, apesar da proximidade com a sua estrela
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De acordo com um comunicado do OES, trata-se do exoplaneta 'Estrela de Barnard b', que dista da Terra seis anos-luz, e que, devido às suas dimensões, pertence à categoria de planetas classificados como 'Super-Terra'.
O planeta extrassolar em causa, que orbita a Estrela de Barnard, a que "mais depressa se desloca no céu noturno", é gelado e tem pouca luz, sendo, por isso, hostil para a vida tal como é conhecida, apesar da proximidade com a sua estrela.
A Estrela de Barnard é uma anã vermelha, fria e de pequena massa que dá ao seu planeta o equivalente a apenas 2% da energia que a Terra recebe do Sol, refere o OES.
Para esta descoberta, que é consequência de uma extensa campanha de observação cujos resultados são publicados na quinta-feira (15) pela revista científica Nature, foram usados sete instrumentos de vários telescópios, incluindo o 'caçador de planetas' HARPS do OES. Os dados analisados pelos astrônomos são provenientes de centenas de medições feitas durante 20 anos.
"Após uma análise cuidada, estamos 99% confiantes de que o planeta é real", afirma, citado no comunicado do Observatório Europeu do Sul, o líder da equipa de astrõnomos, Ignasi Ribas, do Instituto de Estudos Espaciais da Catalunha, na Espanha.
Os cientistas vão continuar observando a Estrela de Barnard para "excluir possíveis, mas improváveis, variações naturais do brilho" da estrela "que poderiam ser confundidas com um planeta".
Um dos instrumentos que foram utilizados, o espetrógrafo HARPS, consegue detectar variações na velocidade de uma estrela, variações que os astrônomos atribuem à presença de planetas na sua órbita. "À medida que um planeta orbita a sua estrela, a sua atração gravitacional faz com que a estrela oscile ligeiramente", explica o OES.
O planeta fora do Sistema Solar que está mais perto da Terra é o Proxima Centauri b, que orbita a estrela Proxima Centauri, igualmente uma anã vermelha, a 4,2 anos-luz do 'planeta azul', na constelação de Centauro.
Descoberto em 2016, o Proxima Centauri b encontra-se na chamada zona habitável, a uma distância da estrela-hospedeira que lhe permite ter condições eventuais para albergar água líquida à superfície, essencial para a existência da vida tal como se conhece. Com informações da Lusa.
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