Farina é acusado pelo Ministério Público Federal de atuar no grupo chefiado por Dario Messer, conhecido como o "doleiro dos doleiros"
© Interpol |
O doleiro brasileiro Bruno Farina, preso nesta quarta-feira (26) no Paraguai, foi extraditado na manhã deste sábado (29) de Assunção para o Brasil para responder às acusações de organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro.
De acordo com informações da polícia paraguaia, o doleiro decolou em um avião às 7h, horário local, para São Paulo.
Com mandado de prisão expedido durante a Operação Câmbio, Desligo, em maio, Farina é acusado pelo Ministério Público Federal de atuar no grupo chefiado por Dario Messer, conhecido como o "doleiro dos doleiros", que ainda está foragido.
Farina tinha mandado de prisão internacional e foi encontrado pela Interpol no mesmo condomínio onde Messer vivia, na fronteira paraguaia com o Paraná.
Segundo a juíza Alicia Pedrozo, que comandou a audiência de custódia de Farina nesta quinta (27), ele "manifestou na audiência que está de acordo com essa extradição abreviada para elucidar sua situação processual".
De acordo com a magistrada, a defesa do doleiro informou, por escrito, que não iria se opor com recursos a uma extradição rápida.
Ao ser preso, Farina disse à imprensa paraguaia que, no Brasil, havia apenas uma investigação contra ele -na verdade, o juiz Marcelo Bretas aceitou denúncia do Ministério Público Federal em junho e o tornou réu.
Também negou que estivesse fugindo da Justiça. "Estava escondido porque minha advogada do Brasil me pediu um tempo para conseguir um habeas corpus, só por isso", disse o doleiro.
Dois dos seus pedidos de habeas corpus chegaram ao Supremo Tribunal Federal, mas um foi negado e outro rejeitado, sem análise, em junho.
"Foi uma decisão de minha advogada, não minha. Eu não sou um fugitivo. Estava aguardando uma decisão de minha advogada", disse.
Segundo a denúncia da Procuradoria da República, Farina e outro doleiro, Augusto Larrabure, operaram US$ 22 milhões entre 2011 e 2017.
Como Messer, ele foi delatado pelos doleiros Vinícius Claret, o Juca Bala, e Cláudio Barboza, o Tony. A colaboração resultou na Câmbio, Desligo, um desdobramento da Lava Jato no Rio.
Apesar de viver no mesmo condomínio em que Messer vivia, Bruno Farina diz que não o conhece. Com informações da Folhapress.
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