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domingo, 30 de dezembro de 2018

Organizadores da posse veem ameaça a Bolsonaro; confira fotos do ensaio

Autoridades responsáveis pela cerimônia, no entanto, afirmam estar prontas para enfrentar possíveis transtornos

© José Cruz/Agência Brasil

A dois dias da posse de Jair Bolsonaro (PSL), autoridades responsáveis pela cerimônia disseram haver indefinição quanto ao uso do carro aberto, o tradicional Rolls-Royce, ou carro fechado.
O GSI (Gabinete de Segurança Institucional), responsável pelo evento, informou considerar que há ameaças reais à segurança de Bolsonaro, mas que está pronto para enfrentá-las.
                                                             © José Cruz/Agência Brasil
"A decisão do carro aberto ou fechado, que é uma coisa menor numa festa tão grande e bonita, será decidida pelo presidente da República", disse o general Sergio Etchegoyen, atual chefe do GSI. Segundo ele, a definição virá no dia 1º, diante da vontade de Bolsonaro e das circunstâncias.
                                                        © José Cruz/Agência Brasil
A tradição é que presidentes desfilem acenando para o público no trajeto desde a Catedral de Brasília até o Congresso Nacional, onde são formalmente empossados.
Mesmo no regime militar essa prática era mantida.
Questionado sobre se houve aumento da segurança para a cerimônia, em comparação com as passadas, Etchegoyen disse que "o correto é dizer que o presidente eleito sofreu um atentado contra a vida dele", e por isso as autoridades precisam ter cautela.
Ele se refere à facada que Bolsonaro levou em 6 de setembro em Juiz de Fora (MG).
"Nós não temos o direito de descartar nenhuma delas [as ameaças]. Nós estaremos preparados sempre para fazer frente a qualquer das ameaças. Todas as possíveis estão sendo prevenidas e serão neutralizadas", declarou.
Etechegoyen e seu sucessor no GSI, general Augusto Heleno, não quiseram dizer qual a expectativa de público para o evento, mas declararam que estão preparados para até 500 mil pessoas.
Também não responderam se haverá militares à paisana e armados no meio da multidão. "Vocês têm que entender que ações de segurança e inteligência têm caráter sigiloso", disse Heleno.
A equipe responsável pela cerimônia de posse realizou o segundo ensaio na Esplanada dos Ministérios na tarde deste domingo (30). Diferentemente do primeiro, feito no domingo anterior (23), o dublê que interpretou Bolsonaro fez o trajeto da Catedral Metropolitana até o Congresso em carro fechado.
O ensaio foi fechado para o público, com a Esplanada bloqueada com tapumes.
Do lado de fora, algumas dezenas de eleitores de Bolsonaro erguiam bandeiras do Brasil e tentavam espiar pelas frestas da barreira.
"Vai ser uma festa bonita, que vai mostrar como o Brasil se uniu para eleger esse presidente diferenciado", disse a militar Sandra Moreti, 37, que tentava ver o ensaio com o marido e a filha de 1 ano e 7 meses. Todos vestiam camisetas amarelas.
Com a posse, hotéis de Brasília estão batendo recordes de procura. A taxa de ocupação média superava os 70% neste domingo (30), ante 20% no mesmo período do ano passado, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih-DF). A expectativa é de que bata os 90% na segunda (31).
No hotel Athos Bulcão, 94% dos quartos já estão reservados para a véspera do evento. O esquema de segurança sem precedentes preparado pelo Palácio do Planalto envolveu os hotéis, que distribuíram material informativo orientando os hóspedes a identificar bombas em locais como aeroportos e banheiros.
Uma cartilha sobre o que pode e o que não pode ser levado para a Esplanada era distribuída nas recepções.
Não poderão entrar animais, bolsas, mochilas, garrafas, carrinhos de bebê e sombrinhas, apesar da previsão de chuva para terça.
As vias paralelas também foram inteiramente fechadas. Izabela Silva, 37, foi avisada por homens do Exército de que, para seguir de bicicleta por uma delas, precisaria de uma credencial. "Talvez eu seja perigosa!", brincou.
Muitos apoiadores de Bolsonaro se aglomeravam à distância dos prédios da Praça dos Três Poderes, fazendo orações.
O pastor evangélico José Carlos Ayres Ângelo, 64, foi ao curto pedaço acessível da Esplanada para, em suas palavras, "estabelecer território". Na segunda, a partir das 21h, ele e outros fiéis estarão no local em vigília até a meia-noite. Com informações da Folhapress.
Via...NOTÍCIAS AO MINUTO

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