Os advogados de defesa da filha do ex-lavrador entraram com um recurso na Justiça pedindo a revalidação do testamento que beneficia Renata a assassina de seu pai
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Um ano depois da Justiça anular o testamento que beneficiava a ex-cabeleireira Adriana Ferreira Almeida, viúva de Renê e condenada em dezembro de 2016 a 20 anos de prisão pelo assassinato do marido, os advogados de defesa da filha do ex-lavrador pediram a revalidação do testamento que beneficia Renata. Os representantes de Renata querem que seja validado outro testamento, que dividia a herança entre ela e seus nove tios, irmãos do ex-lavrador.
O recurso argumenta que Adriana não tinha a intenção de matar o marido na época em que o testamento foi assinado, cerca de três meses antes do crime. De acordo com o argumenta da filha do milionário, Adriana só matou o ex-lavrador porque achava que ele tiraria o dinheiro que ela ganharia através da herança. “A intenção de matar o testador nasceu em Adriana justamente por suspeitar ela que Renê, por ter descoberto uma traição sexual, pudesse vir a revogar o testamento que a beneficiaria. (...) Agora, quem pode afirmar que ao tempo da lavratura da Cártula Testamentária havia em Adriana animus necandi (intenção de matar) em desfavor de Renê?”, diz o texto.
Segundo o Extra, o recurso foi protocolado no último dia 24 deste mês e segue em segredo de Justiça.
Nos dois testamentos deixados por Renê, sua filha fica com 50 % dos seus bens. No entanto, se o primeiro testamento deixado por Renê Senna, assinado meses antes de sua morte for reconsiderado válido, existe a possibilidade de Adriana ser declarada pela Justiça indigna de receber a herança, devido a condenação pelo assassinato do ex-marido. Nesse cenário, 100% do valor, avaliado em R$ 120 milhões, ficariam integralmente com a filha.
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