Formado pelos americanos, russos, chineses, britânicos e franceses, o Conselho de Segurança é o órgão decisório máximo das Nações Unidas
© REUTERS / Bruno Kelly (Foto de arquivo) |
Formado pelos americanos, russos, chineses, britânicos e franceses, o Conselho de Segurança é o órgão decisório máximo das Nações Unidas. Ali, todos têm um voto e um veto. Aliados da ditadura de Nicolás Maduro, Moscou e Pequim trabalham em um texto próprio para propor na reunião.
Há tratativas para que uma resolução intermediária seja discutida. Rússia e China já demonstraram total oposição aos termos colocados na proposta americana. No texto, ao qual a Folha de S.Paulo teve acesso, está expressada a "preocupação" de as eleições presidenciais que reconduziram Maduro ao poder em 2018 não terem sido "livres ou justas".
O tom é menos beligerante do que vêm dizendo autoridades americanas, brasileiras e colombianas, mas dificilmente será comprado por russos e chineses.
Rússia e China têm interesses econômicos e estratégicos no país de Maduro. O governo de Vladimir Putin estabeleceu laços militares já na época do antecessor do ditador, Hugo Chávez, e os mais eficazes equipamentos bélicos venezuelanos são de origem russa.
Moscou investiu e tornou-se sócia da indústria de hidrocarbonetos do país, que tem algumas das maiores reservas de petróleo do mundo. Além disso, interessava a Putin manter um pé no "quintal" geopolítico dos EUA, algo semelhante ao que fez a China ao emprestar mais de US$ 50 bilhões ao regime ao longo da última década.
A preocupação é tanta que o Comando Sul das Forças Armadas americanas elenca a presença da dupla na Venezuela como um dos maiores riscos para os interesses de Washington na região. A eleição de Jair Bolsonaro no Brasil trouxe mais um aliado de peso regional para a esfera americana, que contava até então com a Colômbia para enfrentar Maduro.
A resolução pede que a ONU supervisione um novo pleito na Venezuela. Ela também defende que sejam dadas garantias de segurança aos parlamentares da Assembleia Nacional, ente de maioria opositora liderado por Juan Guaidó, reconhecido por mais de 50 países como o presidente interino do país.
O impasse no país vizinho foi agravado no fim de semana. Guaidó conclamou uma operação de entrega de ajuda humanitária coordenada pelos EUA e operacionalizada nas fronteiras do Brasil e da Colômbia. Mas o "dia D", como o chefe da oposição o chamou, acabou com Maduro bloqueando a entrada de mantimentos e com confrontos que deixaram mortos e feridos.
A resolução americana também prega "acesso desimpedido" de ajuda humanitária para a Venezuela, ressaltando o colapso econômico e social do país.
Via...NOTÍCIAS AO MINUTO
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