O presidente agiu contra posições dos ministros da Justiça e da Economia
© Alan Santos/PR |
Em um só dia, na última quinta-feira (28), Jair Bolsonaro desautorizou os ministros Sergio Moro e Paulo Guedes, da Justiça e da Economia, respectivamente.
Pressionado pelas “vozes” conservadores das redes sociais, o presidente da República mandou Moro desconvidar Ilona Szabó, que assumiria uma suplência no Conselho de Políticas Criminais e Penitenciárias. Pressionado também por parlamentares, Bolsonaro admitiu mudanças na reforma da Previdência e acabou enfraquecendo sua posição inicial para negociar.
Ilona, que tem uma postura contrária à liberação das armas e a defesa da descriminalização das drogas, é considerada uma das maiores especialistas em segurança pública e política contra drogas no Brasil. Em nota, o Ministério da Justiça admitiu que recuou devido à “repercussão negativa em alguns segmentos”.
“Senti uma certa decepção ao ver que a opinião de grupos extremos tem um impacto tão grande na opinião do presidente da República, que é o presidente de toda a população. O presidente não deveria ver pessoas que pensam diferente como inimigas. Acho que a tolerância precisa ser mote de um governo que tem tantos desafios pela frente”, disse Ilona, segundo o jornal “O Globo”.
No caso da Previdência, Bolsonaro admitiu ontem, durante um café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, que a idade para aposentadoria das mulheres cairia para 60 anos. No entanto, Paulo Guedes queria 65 anos para homens e mulheres e o presidente já havia baixado a idade mínima feminina para 62, no texto que foi enviado ao Congresso.
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